MT vai pedir ajuda ao Exército e Força Nacional para invasão em garimpo
Exército e Força Nacional para invasão em garimpo
Região da Serra da Borda em Pontes e Lacerda foi invadida pela 3ª vez.
Invasores estão fortemente armados e seriam membros de facções.
A Secretaria de Segurança de Mato Grosso (Sesp) deverá pedir à União que o Exército e a Força Nacional enviem tropas ao garimpo ilegal da região da Serra da Borda, em Pontes e Lacerda, município a 483 km de Cuiabá. A área, cuja desocupação foi determinada pela Justiça Federal há mais de um ano, foi invadida pela terceira vez no final de dezembro de 2016, e deverá receber reforço no efetivo das polícias Civil e Militar ainda nesta semana.
As ações foram definidas em uma reunião realizada na tarde dessa terça-feira (03) entre Ministério Público do Estado, Sesp, PF e Polícia Rodoviária Federal. O encontro aconteceu na sede do MPE em Pontes e Lacerda. Cerca de 50 invasores estão na região desde o dia 30 de dezembro. O G1 ainda não conseguiu confirmar com a PF e a PRF quais as providências serão tomadas pelas instituições.
A polícia recebeu a informação de que os bandidos estão com fuzis 762, pistolas ponto 40 e 9 milímetros, espingardas calibre 12 e que estão em busca de uma metralhadora ponto 50, capaz de derrubar um helicóptero.Segundo o estado, esta última invasão à área é diferente das anteriores por causa do perfil dos invasores, que estão fortemente armados e seriam membros de facções criminosas.
"A primeira invasão foi mais de moradores da cidade. Depois, veio uma segunda leva, na qual já havia a presença de delinquentes e uso de armas, mas dentro do garimpo. Agora, o perfil é outro. São marginais fortemente armados, liderados por um ex-detento que organizou uma verdadeira milícia armada no local", disse o delegado Gilson Silveira ao G1.
Segundo a Polícia Civil, esse mesmo ex-preso estaria tentando reunir integrantes do Novo Cangaço (assaltantes de bancos que usam clientes e funcionários das agências como escudo humano) para invadir o garimpo ilegal.
Conforme a polícia, no final de dezembro os criminosos expulsaram os seguranças da mineradora que recebeu autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral para fazer estudos sobre a produção de ouro. Policiais chegaram a ir ao local para retirar esses seguranças, mas foram recebidos a tiros pelos bandidos. Apesar do incidente, ninguém ficou ferido.
A Sesp informou que vai colocar as forças de segurança do estado à disposição do Exército e da Força Nacional para ajudar na reintegração da área invadida.
Ação judicial
Os ministérios públicos Federal e Estadual deverão entrar com uma ação na Justiça para cobrar que forças de segurança federais retirem os invasores da área e fiquem em Pontes e Lacerda para assumir o patrulhamento da área. Também deverá ser pedido que a União indenize o município pelos problemas causados pelo garimpo ilegal.
Os ministérios públicos Federal e Estadual deverão entrar com uma ação na Justiça para cobrar que forças de segurança federais retirem os invasores da área e fiquem em Pontes e Lacerda para assumir o patrulhamento da área. Também deverá ser pedido que a União indenize o município pelos problemas causados pelo garimpo ilegal.
O MPE deverá pedir ainda o DNPM tenha agilidade em autorizar a lavra de ouro na Serra da Borda, hoje ainda em fase de estudos. Para a promotoria, a indefinição sobre a exploração tem causado problemas na área de segurança pública, como o aumento de casos de roubos e furtos.
Histórico
A primeira invasão ao garimpo ocorreu em meados de setembro de 2015, com a presença de milhares de pessoas. Naquele mesmo ano, a Justiça Federal mandou, por duas vezes, que a área fosse desocupada e isolada porque a exploração de ouro estava sendo feita sem a autorização do DNPM.
A primeira invasão ao garimpo ocorreu em meados de setembro de 2015, com a presença de milhares de pessoas. Naquele mesmo ano, a Justiça Federal mandou, por duas vezes, que a área fosse desocupada e isolada porque a exploração de ouro estava sendo feita sem a autorização do DNPM.
A área foi desocupada numa ação integrada entre Força Nacional, Exército, PF, PRF e polícias Civil e Militar, mas voltou a ser invadida.
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