Mais de 23 mil militares fazem esquema de segurança da Paralimpíada .

Fato de a programação dos Jogos Paralímpicos prever menos eventos não alterou o planejamento de segurança feito para a Olímpiada      - ATUALIZADA ÀS 

Rio - Mais de 23 mil militares do Exército (14.767), da 
Aeronáutica (530) e da Marinha (8.038) serão 
responsáveis pela segurança dos Jogos Paralímpicos,
 que começam nesta quarta-feira e vão até o dia 18 
no Rio de Janeiro. O número é o mesmo do efetivo
 empregado durante a Olimpíada. As áreas de 
competição em Deodoro, no Maracanã e na Barra 
estão a cargo do Exército, enquanto Copacabana 
e parte do centro cabem à Marinha.  A Aeronáutica 
integra o esquema de segurança dos locais de 
embarque e desembarque do Aeroporto Internacional
 Tom Jobim/Galeão e áreas próximas.
As operações estão sob a responsabilidade da
 Coordenação Geral de Defesa de Área (CGDA), 
no Palácio Duque de Caxias, sede do Comando 
Militar do Leste (CML), em conjunto com as forças
 de segurança.
Área residencial da Vila Paralímpica dos Jogos Rio 2016Agência Brasil
“É uma integração entre a Secretaria de Segurança
 Pública, a Secretaria Especial de Grandes Eventos, 
a prefeitura, o Comitê Organizador dos Jogos, e nós
 estamos dando uma contribuição significativa e 
entrando com um efetivo expressivo para proporcionar
 a realização da abertura e de qualquer evento em
 ambiente totalmente tranquilo e pacificado”, 
disse à Agência Brasil o chefe da Comunicação
 Social do Comando Militar do Leste, coronel Mário
 Felizardo Medina.
O fato de a programação dos Jogos Paralímpicos 
prever menos eventos não alterou o planejamento
 de segurança  feito para a Olímpiada. Segundo o 
coronel Medina, não houve mudança na atuação
 dos militares como força de contingência no caso 
de algum fato que possa ameaçar a realização dos 
jogos e proteger estruturas estratégicas. O trabalho 
integrado com os órgãos de segurança pública é
 feito ainda com patrulhas motorizadas e a pé em vias
 expressas (Linha Amarela e Transolímpica), na Linha 
Vermelha, no trecho entre o Galeão até a saída da 
Linha Amarela, e na Avenida Brasil, entre a saída 
da Transolímpica até a saída do viaduto de Guadalupe.
Centro
Nas áreas da Igreja da Candelária, da Praça Mauá e da Praça XV, onde na Olimpíada houve grande concentração de público no Boulevard, na Orla Conde, estão de serviço os militares da Marinha, que acompanharam ainda o deslocamento de atletas olímpicos durante as provas da maratona nesses locais.
Cerimônia de abertura
Para a cerimônia de abertura no Maracanã, nesta 
quarta-feira (7), também não haverá alteração do 
efetivo do que foi empregado na Olimpíada. 
O esquema inclui o entorno do Palácio Itamaraty,
 local da cerimônia de recepção dos chefes de 
Estado e de governo pelo presidente Michel Temer
 e o deslocamento das autoridades para o estádio.
Estações ferroviárias
Os militares participam ainda do esquema de 
patrulhamento de sete estações ferroviárias - 
as que ficam próximas ao Estádio de Deodoro, 
na zona norte, além das estações da Vila Militar, 
de Deodoro e de Magalhães Bastos, que têm 
permanentemente a presença de integrantes 
do Exército, e Ricardo de Albuquerque, nos dias de
 competição no local. No entorno do Maracanã, as 
equipes estarão nas estações Maracanã e São 
Cristóvão e próximo ao Engenhão, local de provas
 de atletismo, na estação de Engenho de Dentro.
Estruturas estratégicas
Outro esquema que foi mantido é o de proteção às
 estruturas estratégicas, como a Usina de Água do 
Guandu, a Refinaria Duque de Caxias da Petrobras,
 estações de energia e a Estação das Barcas, em 
Niterói e no Rio. Nesses locais vão atuar cerca de 
800 militares. “Todas as instalações que fornecem 
serviços de energia, de telecomunicações, de água, 
de combustíveis, coisas que possam causar impacto 
nos jogos”, informou o militar, acrescentando que 
esses locais já contam com segurança própria e o 
efetivo dos militares só atua caso seja necessário, 
após a ação dos integrantes da segurança pública.
O coronel Medina lembrou que o Corcovado, o Pão
 de Açúcar e a área da Pira Olímpica, no centro,
 foram incorporados ao planejamento de segurança
 e terão militares, assim como ocorreu na Olimpíada.
 “O Exército ficou com o Corcovado e a Marinha do
 Brasil com a Pira e o Pão de Açúcar. Estamos 
trabalhando junto com a segurança pública e privada
 que está ali e provendo a segurança de turistas que
 frequentam aqueles pontos. A ideia é reforçar não só
 com a presença, mas principalmente dando uma 
visibilidade muito clara para os estrangeiros e os 
visitantes que passam por esses locais, oferecendo 
segurança e contribuindo com os demais órgãos”.
Incentivo
Após a Olimpíada, o ministro da Defesa, Raul 
Jungmann, destacou que não foi registrado 
qualquer caso de incidente com integrantes das
Forças Armadas naquele período. Para o coronel 
Medina, o resultado, em parte, se deu  devido ao 
treinamento que começou dois anos antes da 
abertura das competições, incluindo os eventos-teste 
e o combate ao terrorismo, com a interação de agências 
internacionais. De acordo com ele, o trabalho serve como
motivação para a segunda fase da missão, que vai 
até o fim dos Jogos Paralímpicos.

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