Exército decide ocupar com tanques a Linha Vermelha

Medida foi adotada neste sábado depois de militares serem 

atacados a tiros


RI Rio de Janeiro (RJ) Parimpíadas 2016. Tanques do Exercito patrulham a linha Vermelha no Complexo 
da Maré. Foto Custodio Coimbra - Custódio Coimbra / Agência O Globo



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RI Rio de Janeiro (RJ) Parimpíadas 2016. Tanques do Exercito patrulham a linha Vermelha 
o Complexo
 da Maré. Foto Custodio Coimbra - 
Custódio Coimbra / Agência O Globo











O coronel Mario Medina, porta-voz da Coordenação Geral de 
Defesa de Área (CGDA) — responsável pela segurança dos Jogos
Olímpicos e Paralímpicos — confirmou as novas medidas.
 Ele explicou que o uso de blindados na região já estava previsto, 
mas ainda não tinham sido usados.RIO - Atacados a tiros e 
pedradas por traficantes de drogas nos últimos dias, o Exército 
decidiu pela primeira vez ocupar com blindados um trecho da 
Linha Vermelha, na altura  do Complexo da Maré, e não descarta
 até a possibilidade de ocupar favelas na região se os ataques 
prosseguirem. A decisão  foi tomada na noite de sexta-feira depois 
de os militares relatarem  disparos de bandidos contra a tropa 
que controla o local. 
Desde a madrugada deste sábado, quatro tanques estão 
patrulhando a via expressa: três ficam parados com soldados 
armados em pontos estratégicos e um circula com militares..
— Os blindados estavam previstos naquela região e em outras da
 cidade. É uma ação preventiva para garantir segurança dos 
militares e principalmente da população — explicou o coronel
 Medina.
O GLOBO conversou com militares envolvidos na operação. 
Eles explicaram que nos últimos dias houve registro de tiros 
contra as tropas que estão na Linha Vermelha, próximo ao 
acesso à Linha Amarela. Nenhum militar foi ferido.
— Não queremos, não é nosso desejo, mas se os ataques
 continuarem não descartamos até a possibilidade de ocupar 
algumas comunidades da Maré. Ali sempre foi considerada uma 
área sensível no planejamento — afirmou um militar ao GLOBO.


No planejamento inicial da segurança dos Jogos Olímpicos e 
Paralímpicos do Rio 2016, as Forças Armadas não iriam ser 
empregadas no reforço do policiamento ostensivo da cidade. 
A presença das Forças Armadas nos chamados corredores
 olímpicos foi para atender um pedido formal do governo do 
estado ao presidente Michel Temer, que autorizou. Desde então 
militares do Exército, da Marinha e Aeronáutica passaram a 
patrulhar a orla da zona Sul (de São Conrado até o Caju), as vias 
expressas (Linha Vermelha, Linha Amarela e Avenida Brasil), 
além do Aterro do Flamengo, os dois aeroportos (o Internacional 
Tom Jobim e Santos Dumont), além do Cristo Redentor e o Morro 
do Pão de Açúcar.
Ao todo, 23 mil homens das Forças Armadas estão no Rio na 
segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Todo o trabalho
 é coordenado pelo CGDA que reúne oficiais das três forças.
A região na Linha Vermelha onde os militares relataram ataques
 de traficantes fica próxima à Favela Vila do João, uma das
 comunidades do Complexo da Maré. No dia 10 de agosto, 
dois integrantes da Força Nacional foram baleados quando
 entraram, por engano, na favela. Eles estavam usando um 
aplicativo de celular durante o deslocamento, erraram o 
caminho e, ao tentar retornar para a Avenida Brasil, ficaram 
próximos da comunidade e foram atacados com um disparo, 
segundo informações da Polícia Civil. Um deles, soldado Hélio 
Vieira, de Roraima, levou um tiro na cabeça e acabou morrendo.
G1/UNPP

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