Exército decide ocupar com tanques a Linha Vermelha
Medida foi adotada neste sábado depois de militares serem
atacados a tiros
O coronel Mario Medina, porta-voz da Coordenação Geral de
Defesa de Área (CGDA) — responsável pela segurança dos Jogos
Olímpicos e Paralímpicos — confirmou as novas medidas.
Ele explicou que o uso de blindados na região já estava previsto,
mas ainda não tinham sido usados.RIO - Atacados a tiros e
pedradas por traficantes de drogas nos últimos dias, o Exército
decidiu pela primeira vez ocupar com blindados um trecho da
Linha Vermelha, na altura do Complexo da Maré, e não descarta
até a possibilidade de ocupar favelas na região se os ataques
prosseguirem. A decisão foi tomada na noite de sexta-feira depois
de os militares relatarem disparos de bandidos contra a tropa
que controla o local.
Desde a madrugada deste sábado, quatro tanques estão
patrulhando a via expressa: três ficam parados com soldados
armados em pontos estratégicos e um circula com militares..
— Os blindados estavam previstos naquela região e em outras da
cidade. É uma ação preventiva para garantir segurança dos
militares e principalmente da população — explicou o coronel
Medina.
cidade. É uma ação preventiva para garantir segurança dos
militares e principalmente da população — explicou o coronel
Medina.
O GLOBO conversou com militares envolvidos na operação.
Eles explicaram que nos últimos dias houve registro de tiros
contra as tropas que estão na Linha Vermelha, próximo ao
acesso à Linha Amarela. Nenhum militar foi ferido.
Eles explicaram que nos últimos dias houve registro de tiros
contra as tropas que estão na Linha Vermelha, próximo ao
acesso à Linha Amarela. Nenhum militar foi ferido.
— Não queremos, não é nosso desejo, mas se os ataques
continuarem não descartamos até a possibilidade de ocupar
algumas comunidades da Maré. Ali sempre foi considerada uma
área sensível no planejamento — afirmou um militar ao GLOBO.
continuarem não descartamos até a possibilidade de ocupar
algumas comunidades da Maré. Ali sempre foi considerada uma
área sensível no planejamento — afirmou um militar ao GLOBO.
No planejamento inicial da segurança dos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos do Rio 2016, as Forças Armadas não iriam ser
empregadas no reforço do policiamento ostensivo da cidade.
A presença das Forças Armadas nos chamados corredores
olímpicos foi para atender um pedido formal do governo do
estado ao presidente Michel Temer, que autorizou. Desde então
militares do Exército, da Marinha e Aeronáutica passaram a
patrulhar a orla da zona Sul (de São Conrado até o Caju), as vias
expressas (Linha Vermelha, Linha Amarela e Avenida Brasil),
além do Aterro do Flamengo, os dois aeroportos (o Internacional
Tom Jobim e Santos Dumont), além do Cristo Redentor e o Morro
do Pão de Açúcar.
Paralímpicos do Rio 2016, as Forças Armadas não iriam ser
empregadas no reforço do policiamento ostensivo da cidade.
A presença das Forças Armadas nos chamados corredores
olímpicos foi para atender um pedido formal do governo do
estado ao presidente Michel Temer, que autorizou. Desde então
militares do Exército, da Marinha e Aeronáutica passaram a
patrulhar a orla da zona Sul (de São Conrado até o Caju), as vias
expressas (Linha Vermelha, Linha Amarela e Avenida Brasil),
além do Aterro do Flamengo, os dois aeroportos (o Internacional
Tom Jobim e Santos Dumont), além do Cristo Redentor e o Morro
do Pão de Açúcar.
Ao todo, 23 mil homens das Forças Armadas estão no Rio na
segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Todo o trabalho
é coordenado pelo CGDA que reúne oficiais das três forças.
segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Todo o trabalho
é coordenado pelo CGDA que reúne oficiais das três forças.
A região na Linha Vermelha onde os militares relataram ataques
de traficantes fica próxima à Favela Vila do João, uma das
comunidades do Complexo da Maré. No dia 10 de agosto,
dois integrantes da Força Nacional foram baleados quando
entraram, por engano, na favela. Eles estavam usando um
aplicativo de celular durante o deslocamento, erraram o
caminho e, ao tentar retornar para a Avenida Brasil, ficaram
próximos da comunidade e foram atacados com um disparo,
segundo informações da Polícia Civil. Um deles, soldado Hélio
Vieira, de Roraima, levou um tiro na cabeça e acabou morrendo.
G1/UNPP
Comentários
Postar um comentário
comentários