A 11 dias das Olimpíadas, Brasília se prepara para receber mudanças.
Brasília se prepara
Enquanto comerciantes não esperam muito dos jogos de futebol da competição realizados aqui, segurança, transporte e saúde apresentaram esquemas para receber atletas e visitantes. Quem quiser ser voluntário, ainda pode fazer a inscrição
postado em 23/07/2016 06:00
A
11 dias do início dos Jogos Olímpicos, o Distrito Federal se prepara
para receber 10 partidas de futebol do evento. Algumas alterações
impactarão a rotina dos moradores da capital, principalmente em relação
à segurança. Serão 4,5 mil servidores nas ruas, o triplo que trabalhou
na Copa do Mundo, em 2014 — o efetivo e o aparato foram apresentados
ontem. Os números de cada corporação não foram divulgados por motivos
de segurança. Além disso, 4 mil militares das Forças Armadas estarão a
postos para dar apoio, caso seja necessário.
O
coordenador da Comissão de Segurança para os Jogos Olímpicos, coronel
Paulo Roberto Oliveira, diz que, no planejamento feito, 168 cenários de
possíveis ocorrências foram criados, sendo 50 de prováveis atos
terroristas. Ao todo, 44 instituições locais e federais estão escaladas
para trabalhar durante o período. O foco do esquema estará direcionado
para quatro ações: acompanhamento das delegações, dos quatro centros de
treinamento, do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha e dos
hotéis em que os atletas ficarão hospedados. “Estamos prontos e bem
integrados. Nosso trabalho começa a partir de domingo, com a chegada das
primeiras delegações”, afirma.
O governador Rodrigo
Rollemberg (PSB) reitera a preparação para enfrentar qualquer
eventualidade. “As Olimpíadas simbolizam uma celebração entre povos de
todo o mundo. Todos que passarem por Brasília sairão com a melhor
impressão possível da cidade. Estamos seguros para garantir toda a
tranquilidade ao conjunto da população”, garante. Segundo o comandante
militar do Planalto, general Cesar Leme Justo, o planejamento para as
Olimpíadas, por parte das forças militares, é feito desde antes do final
da Copa do Mundo. “É um trabalho contínuo, integrado e coordenado.”
Transporte e comércio
Uma
das preocupações durante a Copa do Mundo foi a mobilidade. Para as
Olimpíadas, o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) afirma que
haverá aumento da oferta de veículos nas linhas que ligam as regiões
administrativas à Rodoviária do Plano Piloto, de acordo com a demanda. O
órgão pede atenção, pois o reforço terá início três horas antes dos
jogos e será encerrado duas horas após as partidas. Já o Metrô-DF ainda
não sabe como funcionará durante a competição por causa da greve (Leia
mais sobre o assunto na página 21).
Outra área que
sofreu durante o Mundial, o comércio não criou grandes expectativas para
os Jogos Olímpicos. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio
Varejista do DF, Edson de Castro, o setor que mais deve faturar com a
oportunidade é o de material esportivo, novamente. “Há uma espera de
aumento de 10%. As lojas estão preparadas porque sobrou bastante
mercadoria da Copa. Na época, a maioria teve grandes prejuízos, pois
todos se prepararam para algo que não ocorreu”, acredita.
O
dirigente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de
Brasília, Jael Silva, compartilha o pensamento. Ele diz que a rede
hoteleira, até o momento, possui 30% da ocupação, mas até a data deve
atingir 50%. Como na Copa, os empresários estão frustrados e com receios
de investir. “Em 2014, houve uma preocupação em ensinar o básico do
inglês aos funcionários. Desta vez, praticamente não se viu isso.”
Saúde
No
setor de saúde, o Plano de Ação da secretaria disponibilizará 99
profissionais, nove ambulâncias, 40 socorristas e seis postos médicos
para o atendimento pré-hospitalar de torcedores e atletas. O Hospital de
Base será destinado ao atendimento de pessoas com quadro clínico de
trauma — como ocorreu na Copa do Mundo. O Hospital Regional da Asa Norte
(Hran) atenderá os demais casos e o Hospital Regional de Taguatinga
será responsável por prestar apoio aos hospitais da zona central.
Nos
dias de jogos, 30% dos leitos do pronto-socorro do Base e do Hran
serão deixados de reserva para atender à demanda do dia. Entretanto,
existe a possibilidade de cirurgias marcadas serem reagendadas para o
mesmo dia em outro hospital da rede ou na data mais próxima, com o
intuito de deixar os centros cirúrgicos livres para atuação, se
necessário. Os estoques da Fundação Hemocentro de Brasília, que
participa do Plano Nacional de Contingência para Grandes Eventos da
Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde,
estão com percentuais que variam de 20% a 200% a mais do que o
considerado estratégico.
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