General se dirige a parlamentares e diz que DILMA divide as Forças Armadas .

General se dirige a parlamentares e diz que DILMA divide as Forças Armadas com reajustes diferenciados.

General se dirige a parlamentares e diz que DILMA divide as Forças Armadas com reajustes diferenciados.
Caro Deputado O ano findou com a inflação em dois dígitos e com o governo penalizando os militares: o nosso reajuste que deveria ter sido em janeiro foi postergado para agosto deste 2016, quando as perdas acumuladas terão chegado a casa dos 16% a 17%. Lança (o governo) no chão, as migalhas que humilhantemente devemos catar: 27% de reajuste em quatro anos, menos que 6% no ano em curso e, lembrando, somente em agosto. Ninguém acredita que as perdas podem ser recuperadas, sequer contidas.
Que família suporta receber 17% a menos quando a indexação já campeia e aumentos mais generosos estão sendo concedidos a outras carreiras de estado? O salário dos militares nunca foi uma maravilha mas piorar parecia impossível (“Nunca antes neste país….”). A Presidente até percebeu a enorme distância, que só se ampliava, entre a carreira das armas e outras carreiras (de estado) e ensaiou, em 2013, uma recuperação à la Geisel: mais ou menos segura, lenta (lentíssima) e gradual. Mas com este menos que 6% nos remete, novamente, aos ínfimos valores do passado, enquanto outras instituições governamentais deram saltos salariais que compensarão as perdas que por acaso venham a ter.
A par disto, está sendo imposta a modificação do escalonamento vertical (melhor, eliminando-o), espinha dorsal do nosso regime salarial com aumentos diferenciados, desta vez beneficiando as Praças que são, realmente, o elo mais fraco. Para quem não se lembra, este tipo de ação para nos dividir, para estabelecer um confronto interno entre oficiais e sargentos, já havia sido tentada em passado recente, quando se concedeu aumento diferenciado privilegiando os escalões superiores das Forças. As Praças foram á Justiça e ganharam a conhecida “guerra dos 28%”.
Dividir é conhecida estratégia militar para vencer o inimigo, o que nos faz pensar que o governo quer apequenar as Forças Armadas, enfraquecendo o seu moral, esgarçando a coesão, invertendo a hierarquia. Enfraquecer as Armas não é fortalecer o governo, é deixá-lo vulnerável! (Há uma bela discussão a este respeito entre a rainha Vitória e Disraeli, que não vou aqui reproduzir, mas pode ser lida em Grandes Homens do Meu Tempo, de Churchil).
Enfim, escrevo aos senhores líderes como líder que sou, pois embora na reserva, penso ter cumulado de exemplos os comandantes atuais e deles espero respeito. Como líder, brigo por justiça não por privilégio.
Os militares da ativa são quase 400 mil, mas a reserva e os dependentes elevam estes números a quase 3 milhões de eleitores que os senhores não devem deixar de lado. Assim, espero que os nossos representantes sejam sensíveis ao problema que exponho e não validem a MP ora em exame, buscando conceder-nos a reposição salarial do tempo passado, ficando os próximos anos a serem examinados segundo a evolução da conjuntura daquele momento.
Roberto Viana Maciel dos Santos – General reformado


Original/Completo em http://www.sociedademilitar.com.br/wp/2016/01/general-se-dirige-a-parlamentares-e-diz-que-dilma-divide-as-forcas-armadas-com-reajustes-diferenciados.html

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