Vídeo flagra PMs de UPP forjando auto de resistência no Morro da Providência .
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Vídeo flagra PMs de UPP forjando auto de resistência no Morro da Providência
Imagens foram enviadas pelo WhatsApp do DIA
Rio - Policiais militares foram flagrados supostamente forjando um auto de resistência esta manhã no Morro da Providência, Zona Portuária. As imagens, enviadas para o WhatsApp do DIA (98762-8248), mostram quatro PMs da UPP local que acompanham um outro homem de colete à prova de balas, mas de camiseta branca. Este último vira o corpo de Eduardo Felipe Santos Victor, de 17 anos, e depois atira com uma pistola segurando a arma junto à mão do adolescente.
Vídeo: PMs forjam auto de resistência na Providência
No áudio é possível ouvir denúncias de que o garoto estava rendido e foi executado na favela. A morte de Eduardo causou revolta na comunidade e o comércio da região da Central do Brasil e do entorno do Terminal Américo Fontenelle foi fechado. Houve reforço de policiamento com homens do 5º BPM (Praça da harmonia) e Batalhão de Choque. para conter tentativas de quebra-quebra na localidade.
Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Militar, coordenada pelo tenente-coronel Oderlei Santos, a Corregedoria da corporação instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar todas as circunstâncias da operação. De acordo com o texto, o Comando da Corporação avalia como gravíssima a atitude dos policiais e não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta.
Segundo o tenente-coronel, os policiais envolvidos na ocorrência foram conduzidos à 4ª DP (Praça da República). Posteriormente, os PMs devem prestar depoimento na 8ª DPJM (Delegacia de Polícia Judiciária Militar) para a Autoridade de Polícia Judiciária Militar e estão presos administrativamente por ao menos 72 horas.Pela manhã, intensos tiroteios na Providência provocaram pânico em quem usava o teleférico, que chegou a ter o funcionamento suspenso por medida de segurança. A Polícia Civil informou que as armas dos policiais foram recolhidas para a perícia. A Coordenadoria de Polícia pacificadora ainda não se pronunciou sobre o caso.
Caso Patrícia Acioli
Em agosto de 2011 a juíza da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo Patricia Acioli foi morta por PMs do 7º BPM (São Gonçalo) porque investigava casos de auto de resistência forjado por policiais daquele batalhão. Onze PMs foram condenados pelo crime, entre eles dois oficiais, um deles o comandante da unidade na época, coronel Claudio Oliveira, acusado de ser o mandante do assassinato. Dos 11, dez permanecem presos, incluindo os oficiais.
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