Exército estuda constituir uma Força Expedicionária .

22 de julho de 2015 at 10:46
 

EXCLUSIVO: Exército estuda constituir uma Força Expedicionária de valor batalhão reforçado

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Exércitocapacetes azuis
Em um cenário mais perigoso como o do território libanês, os “capacetes azuis” do Exército brasileiro não poderão se deslocar em viaturas abertas como a da foto, usada no Haiti
Por Roberto Lopes
O Comando de Operações Terrestres (COTER) realizará, entre os dias 14 e 18 de setembroum seminário sobre Força Expedicionária, visando colher subsídios para que a força terrestre venha a constituir uma organização militar desse tipo, inicialmente de valor Unidade – batalhão reforçado –, podendo evoluir para Brigada.
A cargo da 3ª Subchefia do COTER, o evento – que se insere no âmbito do chamado Subprojeto Força Expedicionária – acontecerá na sala de instrução desse Comando, em Brasília.
Oferecerão palestras os Adidos de Defesa dos Estados Unidos da América, Reino Unido, França e Espanha, representantes do Ministério da Defesa brasileiro, da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira.
Na plateia estarão representantes do Estado-Maior do Exército, dos chamados Órgãos de Direção Setorial (ODS), dos Comandos Militares de Área e dos Órgãos de Assistência Direta e Imediata do Comandante do Exército (OADI).
Líbano – Em termos práticos, o seminário pretende contribuir para a discussão acerca da composição e organização desse contingente expedicionário, que, apesar de estruturado sobre os requisitos de um batalhão reforçado, deverá estar apto a receber alterações modulares.
A ideia é inspirada em um plano que vigorou (em ritmo acelerado) no Exército, entre os anos de 2012 e 2013, de se preparar o envio ao Líbano de um batalhão de Infantaria reforçado (inclusive com destacamentos de fuzileiros navais e da Infantaria de Guarda da Aeronáutica), em atendimento a uma solicitação do Departamento de Forças de Paz da Organização das Nações Unidas.
Foi precisamente esse planejamento que apressou, dentro da força terrestre brasileira, as providências para a chamada “Obtenção por Nacionalização da Viatura Blindada Multitarefa Leve de Rodas” (VBMT-LR) – processo que já selecionou dois modelos de viaturas, e se encontra em fase conclusiva, aguardando apenas as propostas técnico-comerciais finais dos fabricantes dos carros.
Iveco Light Vehicle
Viatura leve Iveco 4×4
De acordo com um comunicado oficial do Exército, a tropa expedicionária em estudos deverá ter capacidade operativa plena, ou seja, a combinação de quatro elementos considerados indispensáveis:
Organização/Estrutura Organizacional;
Adestramento;
Material/Equipamento/Logística; e
Educação/Instrução e Pessoal.
Viaturas – Em 2013, o plano que previa o envio do batalhão brasileiro ao Líbano calculou que a unidade precisaria ser dotada de 32 veículos táticos leves 4×4.
O programa denominado “Obtenção por Nacionalização da Viatura Blindada Multitarefa Leve de Rodas” (VBMT-LR), pretende, em uma primeira etapa, adquirir para o Exército um total de 186 desses utilitários.
Os veículos terão proteção balística, facilidades para equipamentos de comunicações e lançadores de granadas de fumaça de 76 mm, além de suportes tipo plattmounts para armas e uma estação de arma operada remotamente tipo REMAX produzida pela empresa fluminense ARES Aeroespacial e Defesa (de capital e tecnologia israelense) – sistema esse que pode ser equipado com armas de 7,62 mm ou 12,7mm.
O planejamento dessa aquisição contempla ainda um extenso pacote de nacionalização da produção dos veículos, além do fornecimento de treinamento, de peças de reposição e de serviços de apoio logístico.
À incorporação do lote inicial de 32 unidades da VBMT-LR, serão acrescentadas outras 154, que deverão ser compradas em duas parcelas de 77.
A previsão dos militares é de que os primeiros carros do lote inicial de 32 sejam entregues seis meses depois da assinatura do contrato com a empresa vencedora do programa VBMT-LR.
Avibras Light Vehicle
Protótipo do Tupi, proposto pela Avibras, de São José dos Campos
Seleção – Entre os quatro modelos de viatura oferecidos ao Exército – todos exaustivamente testados no Centro de Avaliações do Exército (CAEx), no Rio de Janeiro –, a Força selecionou o Iveco LMV (Light Multirole Vehicle), proposto pela empresa fabricante da família de blindados Guarani – que possui fábrica em Sete Lagoas (MG) –, e o Tupi, ofertado pela Avibras Divisão Aérea e Naval, de São José dos Campos (SP), desenvolvido sobre os planos de um veículo Sherpa Light Scout da Renault Trucks Defense.
Ficaram de fora desse short list duas competidoras: a BAE Land Systems da Inglaterra – que propusera o seu RG32LTV (Light Tactical Vehicle), e a americana AM General, que havia se associado à fabricante israelense Plasan e ofertara um carro designado como MLTV-BR (Modernised LTV-Brazil).
Em 2013, o cronograma do Exército previa que o contrato de aquisição das primeiras 32 unidades seria assinado dentro do primeiro semestre deste ano, mas isso já não está mais válido.
Um Aviso da Diretoria de Fabricação do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, publicado no Diário Oficial da última sexta-feira (17.07), convocou representantes da Iveco Latin America Ltda. E da Avibras a comparecerem no dia 4 de agosto na sede desse órgão, no Rio, para o recebimento das “instruções necessárias à apresentação das respectivas propostas Técnico-Comerciais Finais e retirada da minuta do contrato”.
As propostas Técnico-Comerciais Finais devem ser entregues ao Exército no dia 14 de agosto.

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