EXERCITO AVALIA COMPRA DE HELICÓPTEROS QUE PODE SER AMERICANO OU RUSSO .
10 de janeiro de 2015
Roberto Lopes
Exclusivo para o ForTe – Forças Terrestres
O site israelense Defense Market Intelligence informou, no dia 1º de janeiro, que o Exército do Brasil reduziu a quatro o número de modelos de helicóptero de ataque sob seu exame (Brazil; Army reviews combat helicopter contenders, disponível em www.dmilt.com), com vistas a uma possível compra por sua Arma Aérea: o russo Mi-28 Havoc (pela nomenclatura da Otan), o AW129 Mangusta, em uso pelas unidades de asas rotativas do Exército italiano, o também russo Kamov Ka-52 Alligator e o franco-alemão Tiger.
O Plano de Obtenção de Capacidades Materiais do Plano Estratégico do Exército 2016-2019 prevê a criação de uma unidade de helicópteros de ataque.
No início do ano passado, ao disponibilizar um pequeno lote de helicópteros de transporte pesados Chinook para a Força Terrestre brasileira, o Departamento de Defesa autorizou a oferta ao Brasil de helicópteros artilhados Bell OH-58A Kiowa, de segunda mão, usados pelas tropas americanas em 1991, em missões de reconhecimento armado e apoio de fogo aproximado, durante a Operação “Tempestade no Deserto”. Mas esse oferecimento parece não ter seduzido os generais brasileiros.
Entre 2004 e 2010, o Exército australiano substituiu os seus Kiowas pela versão ARH (Reconhecimento Armado) do Tiger, dotada de motores MTR (MTU-Turbomeca-Rolls Royce) 390 e designador laser para o sistema de pontaria dos mísseis ar-terra Hellfire II. Em agosto passado, os Tigres australianos receberam um outro dispositivo de mira, também a laser, para os seus foguetes não-guiados de 70mm.
Versões e preços – Os quatro modelos selecionados pelo Exército brasileiro tem préstimos e equipamentos semelhantes. Todos se utilizam de canhões de alta velocidade (rotativos ou não), de calibres entre 20mm e 30mm, no nariz do aparelho, e de uma grande variedade de mísseis e foguetes.
Duas características unem as máquinas selecionadas pelos oficiais brasileiros: todas são versões melhoradas de aeronaves já existentes no mercado há, pelo menos, duas décadas; e todas, rigorosamente, estão em atividade nos países de seus fabricantes.
Os helicópteros de desenho mais antigo são os russos, do fim dos anos de 1970. E apesar desses modelos terem sido sucessivamente atualizados, eles são também os aparelhos mais baratos.
O preço unitário do Mi-28 varia entre US$ 16,8 milhões e US$ 18 milhões. É possível que a versão N, que equipa o Exército russo, seja mais cara, e não esteja disponível para a venda a clientes estrangeiros.
O preço unitário do Ka-52, uma evolução do conhecido Ka-50, custa entre US$ 29 milhões e US$ 32 milhões. Dotado de tecnologias furtivas, ele é o único dos quatro em que a dupla de pilotos senta lado a lado (e não em tandem), e ainda dispõe de assentos ejetores.
O preço unitário do AW129 Mangusta, na sua versão International – de exportação – varia entre US$ 43 milhões e US$ 63 milhões, mas a aeronave impressiona pela quantidade de mísseis que pode disparar e pelo rol de missões que está apta a cumprir: caça a tanques, reconhecimento armado, ataque ao solo, escolta, apoio aéreo aproximado e defesa antiaérea.
Seu competidor direto, no âmbito da Otan, é o Tiger, cujo preço unitário varia entre US$ 35 milhões, na sua versão HAP (Escolta e Apoio de Fogo), e US$ 50 milhões, na versão de reconhecimento.
Roberto Lopes
Exclusivo para o ForTe – Forças Terrestres
O Exército brasileiro planeja adquirir 36 helicópteros de ataque em três lotes de 12 unidades cada um – o primeiro no período de 2016 a 2019, conforme o estipulado pelo Plano de Obtenção de Capacidades Materiais definido pelo Plano Estratégico do Exército.
Nesse momento, as aeronaves que estão sendo avaliadas pelo Grupo de Ensaios e Avaliações (GEA) do Comando de Aviação do Exército (CAVEX) são o T-129 Mangusta modernizado – de fabricação italiana – , o AH-1Z Viper – sucessor do festejado AH-1 Super Cobra –, e o Mi-28NE – versão que já equipa as Forças Armadas da Rússia.
As informações são de uma fonte da Aviação do Exército ouvida com exclusividade, ontem à tarde, pelo ForTe.
A nota postada neste blog ontem pela manhã, citando informações do site Defense Market Intelligence, sediado em Israel, acerca das aeronaves pré-selecionadas pelo Exército (o Mangusta, o Tiger franco-suíço e os russos Mi-28 e Kamov Ka-52) despertou um interesse tão grande, que a Trilogia Forças de Defesa não esperou passar o fim de semana para checar a veracidade da versão oferecida pelos israelenses. O resultado: apenas uma parte das afirmações feitas pelo site confere com a realidade.
Requisitos – Segundo o ForTe apurou, a demanda operacional do Exército, hoje, é de uma aeronave para missões de ataque, mas com capacidade de reconhecimento armada. Entenda-se, neste aspecto, optrônicos e furtividade suficientes para permitir a observação segura, e, sobretudo, uma completa capacidade de designação de alvos.
A Força Terrestre brasileira julga que deva possuir uma aeronave de combate com capacidade prioritária para ataque ao solo, contra blindados, mas que, se necessário, seja capaz de prover sua autodefesa contra ameaças aéreas. A capacidade de reconhecimento deve estar incluída neste pacote.
Conforme o ForTe já havia informado aos seus leitores neste sábado pela manhã, o US Army ofereceu à Aviação do Exército um lote de aeronaves OH-58A Kiowa, fabricadas pela companhia Bell – helicópteros de segunda mão, do tipo daqueles empregados em 1991 pelos EUA no Golfo Pérsico, durante a operação “Tempestade no Deserto”.
Um Kiowa usado tem valor unitário estimado em torno dos US$ 6 milhões. O AH-1Z Viper não sai por menos de US$ 27 milhões, podendo alcançar, em suas versões mais completas, US$ 30 milhões, ou até US$ 31 milhões.
Os americanos insistiram para que os militares brasileiros realizassem uma avaliação do OH-58A em voo, mas, analisado sob os aspectos técnico e tecnológico, o projeto não pareceu apresentar vantagens significativas ao Exército brasileiro. Brasília, então, declinou, polidamente, da oferta dos Kiowa.
Russos – Outra novidade: pilotos do Exército voaram o Mi-35 Hind, adquirido pela Força Aérea Brasileira, mas não ficaram bem impressionados.
Foram feitos voos no Brasil e na Rússia. A conclusão foi de que, se a Força Terrestre deseja um helicóptero essencialmente de ataque, o Mi-35 não é uma opção aceitável. Na verdade, a aeronave foi avaliada como estando fora dos critérios estabelecidos pelos Requisitos Operacionais Básicos que precisam ser seguidos numa escolha desse tipo.
Outro esclarecimento importante feito pela fonte do Exército: bem ao contrário do que o site israelense Defense Market Intelligence anunciou, o helicóptero Ka-52 Alligator – uma evolução do conhecido Ka-50 – não foi sequer apresentado aos militares brasileiros que viajaram à Rússia, em setembro passado, para testar o Mi-28NE.
Pior: ao contrário do que os oficiais do Exército acreditavam, o Alligator não está totalmente operacional nem mesmo nas Forças Armadas Russas.
Transporte – O Brasil também pode receber uma pequena quantidade de helicópteros de transporte pesados tipo CH-47 Chinook.
A versão oferecida ao Exército brasileiro foi a Delta, mas a preferência é pela versão Foxtrot, que os brasileiros puderam conhecer na Itália em 2013.
Essa negociação está temporariamente parada, para que a Aviação do Exército possa concentrar seus esforços na aquisição dos helicópteros de ataque.
Uma eventual reaproximação do governo Dilma Roussef com a administração Barack Obama – prevista para acontecer no segundo semestre de 2015 –, pode, entretanto, inverter a ordem das aquisições, e permitir que os Chinooks cheguem ao país antes ainda das aeronaves de combate.
O ForTe agradece imensamente aos leitores pelo interesse demonstrado no assunto dos helicópteros de ataque, que temos procurado abordar com precisão, responsabilidade e exclusividade. Estamos no ar permanentemente, e atentos aos principais temas relacionados à Defesa do país.
Roberto Lopes
Exclusivo para o ForTe – Forças Terrestres
O site israelense Defense Market Intelligence informou, no dia 1º de janeiro, que o Exército do Brasil reduziu a quatro o número de modelos de helicóptero de ataque sob seu exame (Brazil; Army reviews combat helicopter contenders, disponível em www.dmilt.com), com vistas a uma possível compra por sua Arma Aérea: o russo Mi-28 Havoc (pela nomenclatura da Otan), o AW129 Mangusta, em uso pelas unidades de asas rotativas do Exército italiano, o também russo Kamov Ka-52 Alligator e o franco-alemão Tiger.
O Plano de Obtenção de Capacidades Materiais do Plano Estratégico do Exército 2016-2019 prevê a criação de uma unidade de helicópteros de ataque.
No início do ano passado, ao disponibilizar um pequeno lote de helicópteros de transporte pesados Chinook para a Força Terrestre brasileira, o Departamento de Defesa autorizou a oferta ao Brasil de helicópteros artilhados Bell OH-58A Kiowa, de segunda mão, usados pelas tropas americanas em 1991, em missões de reconhecimento armado e apoio de fogo aproximado, durante a Operação “Tempestade no Deserto”. Mas esse oferecimento parece não ter seduzido os generais brasileiros.
Entre 2004 e 2010, o Exército australiano substituiu os seus Kiowas pela versão ARH (Reconhecimento Armado) do Tiger, dotada de motores MTR (MTU-Turbomeca-Rolls Royce) 390 e designador laser para o sistema de pontaria dos mísseis ar-terra Hellfire II. Em agosto passado, os Tigres australianos receberam um outro dispositivo de mira, também a laser, para os seus foguetes não-guiados de 70mm.
Versões e preços – Os quatro modelos selecionados pelo Exército brasileiro tem préstimos e equipamentos semelhantes. Todos se utilizam de canhões de alta velocidade (rotativos ou não), de calibres entre 20mm e 30mm, no nariz do aparelho, e de uma grande variedade de mísseis e foguetes.
Duas características unem as máquinas selecionadas pelos oficiais brasileiros: todas são versões melhoradas de aeronaves já existentes no mercado há, pelo menos, duas décadas; e todas, rigorosamente, estão em atividade nos países de seus fabricantes.
Os helicópteros de desenho mais antigo são os russos, do fim dos anos de 1970. E apesar desses modelos terem sido sucessivamente atualizados, eles são também os aparelhos mais baratos.
O preço unitário do Mi-28 varia entre US$ 16,8 milhões e US$ 18 milhões. É possível que a versão N, que equipa o Exército russo, seja mais cara, e não esteja disponível para a venda a clientes estrangeiros.
O preço unitário do Ka-52, uma evolução do conhecido Ka-50, custa entre US$ 29 milhões e US$ 32 milhões. Dotado de tecnologias furtivas, ele é o único dos quatro em que a dupla de pilotos senta lado a lado (e não em tandem), e ainda dispõe de assentos ejetores.
O preço unitário do AW129 Mangusta, na sua versão International – de exportação – varia entre US$ 43 milhões e US$ 63 milhões, mas a aeronave impressiona pela quantidade de mísseis que pode disparar e pelo rol de missões que está apta a cumprir: caça a tanques, reconhecimento armado, ataque ao solo, escolta, apoio aéreo aproximado e defesa antiaérea.
Seu competidor direto, no âmbito da Otan, é o Tiger, cujo preço unitário varia entre US$ 35 milhões, na sua versão HAP (Escolta e Apoio de Fogo), e US$ 50 milhões, na versão de reconhecimento.
Roberto Lopes
Exclusivo para o ForTe – Forças Terrestres
O Exército brasileiro planeja adquirir 36 helicópteros de ataque em três lotes de 12 unidades cada um – o primeiro no período de 2016 a 2019, conforme o estipulado pelo Plano de Obtenção de Capacidades Materiais definido pelo Plano Estratégico do Exército.
Nesse momento, as aeronaves que estão sendo avaliadas pelo Grupo de Ensaios e Avaliações (GEA) do Comando de Aviação do Exército (CAVEX) são o T-129 Mangusta modernizado – de fabricação italiana – , o AH-1Z Viper – sucessor do festejado AH-1 Super Cobra –, e o Mi-28NE – versão que já equipa as Forças Armadas da Rússia.
As informações são de uma fonte da Aviação do Exército ouvida com exclusividade, ontem à tarde, pelo ForTe.
A nota postada neste blog ontem pela manhã, citando informações do site Defense Market Intelligence, sediado em Israel, acerca das aeronaves pré-selecionadas pelo Exército (o Mangusta, o Tiger franco-suíço e os russos Mi-28 e Kamov Ka-52) despertou um interesse tão grande, que a Trilogia Forças de Defesa não esperou passar o fim de semana para checar a veracidade da versão oferecida pelos israelenses. O resultado: apenas uma parte das afirmações feitas pelo site confere com a realidade.
Requisitos – Segundo o ForTe apurou, a demanda operacional do Exército, hoje, é de uma aeronave para missões de ataque, mas com capacidade de reconhecimento armada. Entenda-se, neste aspecto, optrônicos e furtividade suficientes para permitir a observação segura, e, sobretudo, uma completa capacidade de designação de alvos.
A Força Terrestre brasileira julga que deva possuir uma aeronave de combate com capacidade prioritária para ataque ao solo, contra blindados, mas que, se necessário, seja capaz de prover sua autodefesa contra ameaças aéreas. A capacidade de reconhecimento deve estar incluída neste pacote.
Conforme o ForTe já havia informado aos seus leitores neste sábado pela manhã, o US Army ofereceu à Aviação do Exército um lote de aeronaves OH-58A Kiowa, fabricadas pela companhia Bell – helicópteros de segunda mão, do tipo daqueles empregados em 1991 pelos EUA no Golfo Pérsico, durante a operação “Tempestade no Deserto”.
Um Kiowa usado tem valor unitário estimado em torno dos US$ 6 milhões. O AH-1Z Viper não sai por menos de US$ 27 milhões, podendo alcançar, em suas versões mais completas, US$ 30 milhões, ou até US$ 31 milhões.
Os americanos insistiram para que os militares brasileiros realizassem uma avaliação do OH-58A em voo, mas, analisado sob os aspectos técnico e tecnológico, o projeto não pareceu apresentar vantagens significativas ao Exército brasileiro. Brasília, então, declinou, polidamente, da oferta dos Kiowa.
Russos – Outra novidade: pilotos do Exército voaram o Mi-35 Hind, adquirido pela Força Aérea Brasileira, mas não ficaram bem impressionados.
Foram feitos voos no Brasil e na Rússia. A conclusão foi de que, se a Força Terrestre deseja um helicóptero essencialmente de ataque, o Mi-35 não é uma opção aceitável. Na verdade, a aeronave foi avaliada como estando fora dos critérios estabelecidos pelos Requisitos Operacionais Básicos que precisam ser seguidos numa escolha desse tipo.
Outro esclarecimento importante feito pela fonte do Exército: bem ao contrário do que o site israelense Defense Market Intelligence anunciou, o helicóptero Ka-52 Alligator – uma evolução do conhecido Ka-50 – não foi sequer apresentado aos militares brasileiros que viajaram à Rússia, em setembro passado, para testar o Mi-28NE.
Pior: ao contrário do que os oficiais do Exército acreditavam, o Alligator não está totalmente operacional nem mesmo nas Forças Armadas Russas.
Transporte – O Brasil também pode receber uma pequena quantidade de helicópteros de transporte pesados tipo CH-47 Chinook.
A versão oferecida ao Exército brasileiro foi a Delta, mas a preferência é pela versão Foxtrot, que os brasileiros puderam conhecer na Itália em 2013.
Essa negociação está temporariamente parada, para que a Aviação do Exército possa concentrar seus esforços na aquisição dos helicópteros de ataque.
Uma eventual reaproximação do governo Dilma Roussef com a administração Barack Obama – prevista para acontecer no segundo semestre de 2015 –, pode, entretanto, inverter a ordem das aquisições, e permitir que os Chinooks cheguem ao país antes ainda das aeronaves de combate.
O ForTe agradece imensamente aos leitores pelo interesse demonstrado no assunto dos helicópteros de ataque, que temos procurado abordar com precisão, responsabilidade e exclusividade. Estamos no ar permanentemente, e atentos aos principais temas relacionados à Defesa do país.
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