Emoção: ao retornar do Haiti.
30 de novembro de 2013
Militares que estavam no Haiti saem da quarentena
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BEATRIZ LONGHINI
O primeiro contato dos mais de 80 militares que passaram quase todo o
ano em missão no Haiti foi repleto de reencontros e também primeiros
encontros. Como é o caso de um sargento, que viu seu filho primeira vez.
Ontem, durante formatura dos soldados, familiares puderam ter contato
direto com o grupo que chegou na terça-feira em Campo Grande.
“O período de isolamento é importante para avaliar se todos estão bem de
saúde e aí sim poder encontrar com os parentes”, disse o adjunto do
oficial desmobilizador, Paulo Barros. O termo “desmobilizar”, dado ao
período de quarentena, é usado para os dias em que os militares passam
por exames laboratoriais e psicológicos. “Graças a Deus deu tudo certo e
não tivemos nenhum problema com esse primeiro grupo”, afirma Barros,
que aguarda outros 576 militares, em mais cinco turmas, até o próximo
dia 6.
Durante a cerimônia, realizada no 20º Regimento de Cavalaria, os
militares sentiram o alívio de ter amigos e familiares por perto. Para o
2º sargento Araújo Junior, o momento foi ainda mais especial, já que
ele conheceu o filho que nasceu enquanto estava em missão.
“Quando descobrimos que ele iria viajar, eu estava com dois meses de
gestação, mas conversamos e foi tranquilo. Ele só sentiu muito por não
estar presente no parto”, disse a esposa do sargento e mãe do pequeno
Davi, Juliana Pereira de Araújo, 28 anos. Com o filho nos braços, ela
conta que o marido reclamava do calor intenso do Haiti. “Conversávamos
mais pela internet, por meio do Facebook e Skype. Foi onde ele conheceu o
filho, mas sempre dizia que estava feliz por cumprir a missão de paz”,
explica.
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