Militares se queixam de defasagem de salários
Oficiais da ativa e da
reserva disseram que problemas começaram em 2001, com medida provisória que
cortou benefícios e adicionais salariais. Militar com 30 anos de trabalho pode
ganhar R$ 2.700
Em audiência na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, representantes dos militares ativos e aposentados debateram a defasagem na remuneração do setor. Ao final da audiência, PauloPaim (PT-RS), que a presidiu, prometeu encaminhar um documento com o pedido da categoria às autoridades competentes.
Em audiência na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, representantes dos militares ativos e aposentados debateram a defasagem na remuneração do setor. Ao final da audiência, PauloPaim (PT-RS), que a presidiu, prometeu encaminhar um documento com o pedido da categoria às autoridades competentes.
Para os participantes da
audiência, desde a edição da Medida Provisória 2.215/2001, a situação dos
militares se deteriora progressivamente. A MP acabou com o adicional de
inatividade, o “posto acima” (promoção que o militar recebia ao passar para a
reserva), o auxílio-moradia e a licença-prêmio.
— Além dessas questões aqui
citadas, nós ficamos dez anos sem um real de aumento — afirmou o presidente da
Associação dos Militares da Reserva, Reformados e Pensionistas das Forças
Armadas, Genivaldo da Silva.
Ele informou que um
segundo-sargento das Forças Armadas ganha R$ 2.700, com 30 anos de serviço. Um
capitão das Forças Armadas, R$ 5.300 — salário considerado baixo se
comparado a outras categorias.
— Ganha menos do que um soldado
da Polícia Militar do Distrito Federal e dos Bombeiros. Nós tiramos o chapéu
para eles, mas não podemos ganhar menos do que eles.
Outra reclamação recorrente foi
o salário-família que os militares recebem para ajudar no custeio da
educação dos dependentes, no valor de R$ 0,16 por filho. A presidente da
Federação da Família Militar — Mulher-DF, Rita Deinstmann, comparou o
benefício ao que recebe a família de um presidiário.
— Por que o dependente de um
presidiário recebe R$ 915 e nós recebemos R$ 0,16? É uma vergonha! — reclamou.
Para Rodrigo Rollemberg
(PSB-DF), a valorização da categoria deve ser uma questão de interesse
nacional. Segundo ele, a defesa de riquezas como a Amazônia e o pré-sal é um
imenso desafio para o Brasil.
— Hoje vivemos num ambiente de
paz, mas sabemos que não se pode descuidar da eventualidade de o Brasil ter que
defender seu território ou suas riquezas.
Fonte: Agência Senado
Comentários
Postar um comentário
comentários