Governo do Rio se defende de críticas de general sobre falta de “engajamento”


Roberta Jansen
Rio 
O governo fluminense se defendeu das críticas feitas na manhã 
desta sexta-feira (24), pelo comandante do Exército, general
 Eduardo Villas Bôas.  Em cerimônia comemorativa ao Dia do
 Soldado, o general reclamou da
falta de integração de outros setores da administração pública
 no combate àcriminalidade. Em resposta, o governo estadual
 defendeu que atua de forma integrada com as forças federais 
e listou contribuições feitas durante a intervenção.
Mais cedo, o general Villas Boas havia dito que “o componente
 militar é, aparentemente, o único a engajar-se na missão”
.Ainda segundo ele, apesar de todos admitirem que as leis vigentes 
devam ser modificadas com urgência,
“continuamos a proceder com naturalidade em face à barbárie de
 perder mais de 63 mil vidas por ano”.
Em nota oficial, o governo do Rio afirmou que, “desde que foi
 implantado o Gabinete da Intervenção federal, o Estado, com
 suas forças de segurança, atua de forma integrada com as forças
 federais, atendendo todas as solicitações que lhe são
feitas”.
O texto ainda destaca a compra de veículos para intensificação 
de policiamento e a criação do Fundo Estadual de Investimentos
 e Ações de Segurança Pública e Desenvolvimento Social (Fised),
 financiado com recursos de royalties do pré-sal e que deve reunir
 R$ 250 milhões até o fim do ano.
Segue a íntegra da nota:
“Desde que foi implantado o Gabinete de Intervenção Federal, o 
governo do estado,com suas forças de Segurança, atua de forma
 integrada com as forças federais, atendendo a todas as solicitações
 que lhe são feitas. O governo do Rio comprou,
com recursos próprios, 580 veículos para a PM intensificar o
 policiamento ostensivo no estado. Mais 170 carros (patamos)
 que serão entregues nas próximas semanas.
Quitou R$ 23 milhões de parcelas atrasadas do Regime Adicional
 de Serviço (RAS) e do Programa Estadual de Integração na
 Segurança (Proeis). Outros R$ 71 milhões foram usados para
 pagar o Sistema Integrado de Metas (SIM), que estava pendente.
Também retomou o RAS em maio deste ano. Com isso, só a PM 
passou a contar  com um reforço de 1.300 policiais por dia e a
 Polícia Civil, 200 agentes. Só no primeiro pagamento, em julho, 
o Estado desembolsou R$ 1,8 milhão para quase 12
mil policiais militares. Iniciou em maio a convocação de concursados
 da PM (1.803 aprovados) e da
Polícia Civil (284), além autorizar para a realização de um novo 
concurso para 37 vagas de oficial da Polícia Militar.
Além disso, criou o Fundo Estadual de Investimentos e Ações de 
Segurança Pública e Desenvolvimento Social (Fised), inédito no país,
 financiado com recursos provenientes de royalties do pré-sal e deve
 chegar a R$ 250 milhões até o fim do
ano 2018. A Secretaria de Segurança usará os recursos para
 aquisição de material bélico, pagamento do RAS de 2019, 
aparelhagem tecnológica para a Polícia Civil, software contra lavagem
de dinheiro, além de investimentos na área social feitos pela 
Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social.
Outra ação fundamental para o combate a crimes contra a vida e
 contra o patrimônio foi a criação da Delegacia Especializada em 
Armas, Munições e Explosivos (Desarme), inaugurada em 2017.
 A unidade está contribuindo para qualificar a investigação e o 
combate ao tráfico de armas de fogo. Uma das ações de maior
destaque da Desarme foi a apreensão de 60 fuzis, a maior da
 história, dentro do Aeroporto Internacional do Galeão.”
UOL/UNPP

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