Decreto vai autorizar uso de forças federais contra a paralisação dos caminhoneiros, diz governo

Decreto vai autorizar uso de forças federais

Integrantes das forças federais envolvidos na operação 

poderão assumir o controle dos veículos para desbloquear

 estradas. Caminhoneiro que resistir pode ser multado e preso.

Por Guilherme Mazui e Laís Lis, G1, Brasília
 
Presidente Michel Temer fala sobre a greve dos caminhoneiros
O governo informou que um decreto será assinado 
nesta sexta-feira a fim de viabilizar o emprego das
 forças federais para desbloquear rodovias fechadas
 pelo movimento dos caminhoneiros.
 assessoria do Planalto inclui Forças Armadas, Polícia
 Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança – 
foi feito pelo presidente Michel Temer em 
pronunciamento no Palácio do Planalto.
O governo informou que já entrou em contato com
 governadores, para que as polícias militares também 
sejam utilizadas na operação para desbloquear rodovias
 estaduais
Em razão da paralisação, faltam alimentos em 
O transporte coletivo em diversas cidades foi afetado,
 indústrias pararam atividades e voos começaram a ser 
cancelados por falta de combustível nos aeroportos.
O decreto será ainda publicado nesta sexta, em uma edição
 extra no “Diário Oficial da União”. Mesmo assim, as Forças
 Armadas já estão mobilizadas, mas vão esperar a publicação
 para iniciar a operação.
Segundo o governo, a prioridade é desbloquear as rodovias
 para garantir abastecimento de combustível em seis 
aeroportos e duas termelétricas. Entre os aeroportos, 
estão Brasília, Recife, Congonhas, Confins e Porto Alegre.
A ordem será liberar todas as estradas, inclusive os acostamentos.
Segundo informações do governo, caso algum caminhoneiro
 não queria retirar o caminhão da rodovia, os militares que 
estivem atuando na operação poderão assumir o controle dos
 caminhões e dirigir os veículos.
Além disso, os caminhoneiros que resistirem à desocupação
 poderão ser presos e multados.
Está prevista para a tarde desta sexta-feira uma entrevista 
coletiva do Ministério da Segurança Pública a fim de explicar 
como será feita a operação de desbloqueio das rodovias.
 crimescontra a organização do trabalho, a segurança dos
 meios de transporte e outros serviços públicos".
Governo apura se transportadoras estão paralisando atividades para exercer pressão

Confaz

decidiu por uma redução extra de R$ 0,05
 no preço do diesel, o presidente Michel 
Temer defendeu sua decisão de convocar 
Forças Armadas, Força Nacional de 
Segurança e Polícia Rodoviária Federal
 para dar fim à greve dos caminhoneiros
 e liberar as estradas.
Para Temer, a população esperava 
“uma palavra dessa natureza”.
“Assim como nós tivemos coragem
 do diálogo, nós temos a coragem 
de exercer autoridade. E eu estou 
colocando todas as forças federais
 para garantir a livre circulação e, 
naturalmente, o abastecimento do país.
 Eu acho que o país esperava uma palavra
 dessa natureza”, declarou o presidente.
Ele afirmou que o governo federal está 
acompanhando a greve dos caminhoneiros
 desde o início, porque “desde logo, 
desde a deflagração do movimento,
 percebemos a gravidade desse 
movimento”.
Temer avaliou que a greve “está atingindo
 seu pico no dia de hoje” e que diante do
 quadro, foi preciso adotar a medida.
O presidente disse ainda aos secretários
 estaduais de Fazenda que participavam
 da reunião que está entrando em contato 
com os governos estaduais para garantir a
 normalização das estradas.
"Como os senhores vão voltar para os seus
 estados, eu já me comuniquei com vários
 governadores, estamos falando com 
vários governadores, para que eles 
também ajudem, com seus instrumentos
 de segurança, a regularização do
 transporte nessas regiões. 
Se não assegurarem, as forças
 federais assegurarão”, declarou.

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