Exército admite participação de capitão em manifestação anti-Temer: ‘estava acompanhando’, diz Comandante
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Exército admite participação de capitão em manifestação anti-Temer:
Posted By: Edmilson Braga
19 de outubro de 2016
Exército admite ter negociado com Governo de SP operação em manifestação.
Exército admite ter negociado com Governo de SP operação em manifestação.
O capitão do Exército, Willian Pina Botelho, teria se infiltrado
entre os manifestantes e usava o nome de Balta Nunes nas redes sociais. O
Ministério Público Federal e o Estadual abriram investigação no mês
passado para apurarem se a operação foi legal.
O comandante-geral do Exército, general Eduardo da Costa Villas
Boas, afirmou que não há preocupação a respeito da legalidade da ação.
“O primeiro aspecto a destacar que ele não estava infiltrado,
estava acompanhando. Nós estamos muito tranquilos porque estamos
absolutamente respaldados pela legislação e por medidas que haviam sido
adotadas. Havia a situação dos Jogos Olímpicos, havia uma situação de
segurança do presidente, estava tudo dentro deste contexto. Nós estamos
tranquilos, cumprindo a nossa missão, é lógico essas investigações vão
chegar a termo, mas enfim não temos preocupação.”
Questionado se houve comunicação com o Governo do Estado de São
Paulo a respeito da operação, o general Villas Boas responde: “Houve,
houve, houve uma absoluta interação com o governo do Estado. As pessoas
precisam entender o Exército tem sido demandado para o cumprimento de
várias missões fora da nossa esfera de responsabilidade primordial,
vamos dizer assim”, disse o general.
“Então, por exemplo, lá no Rio de Janeiro nós estamos sendo
demandados novamente pra contribuir com a segurança pública. Logicamente
que isso exige de nós um acompanhamento da situação. O que garante a
nossa eficiência, com oportunidade, com objetividade, com o mínimo de
danos laterais, é exatamente o conhecimento prévio que nós buscamos
reunir antes de sermos empregados”, completou.
À época, o Comando da Polícia Militar disse negar a existência de
qualquer ação de inteligência que tenha sido realizada por outro órgão
de segurança. A instituição afirmou ainda não conhecer o homem apontado
como sendo um oficial das Forças Armadas. Em nota, a Secretaria da
Segurança Pública reiterou à Jovem Pan que não houve qualquer operação
conjunta durante as manifestações em São Paulo.
*As informações são do repórter Anderson Costa
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