Caças venezuelanos sobrevoam fronteira e colocam Brasil em alerta .

Caças venezuelanos sobrevoam fronteira

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EXTREMO NORTE
Exército diz que não há tensão e FAB não se pronuncia, 
mas enviou para Boa Vista caças de guerra A-1 AMX e 
dois aviões de carga C-130
Por Amílcar Júnior
Caças venezuelanos estão sobrevoando próximo ao espaço 
éreo brasileiro. A manobra ocorre na faixa de fronteira da 
região amazônica, incluindo Roraima. Pode ser apenas um 
exercício militar, mas, do lado de cá, a Força Aérea Brasileira 
(FAB) já enviou, de Brasília para Boa Vista, caças de guerra 
A-1 AMX e dois aviões de carga C-130 (o Hércules) para 
transportar tropas.
A equipe de reportagem da Folha foi ontem pela manha à Base
 Aérea de Boa Vista. O setor de Relações Públicas informou que
 o Comando em Brasília responderia aos questionamentos feitos
 pelo jornal, mas não houve retorno até o encerramento da matéria,
 às 18h.
A Força Aérea da Venezuela usa o caça russo Sukhoi SU-30, um 
dos mais potentes do mundo, rival do norte-americano F-22. 
A Força Aérea Brasileira tem apenas dois caças F-5, com 
alcance menor que os aposentados Mirage.
Na área política, os dois países estão com as relações estremecidas.
 Nicolás Maduro, presidente venezuelano, ignorou a posse do 
presidente Michel Temer (PMDB) alegando que houve golpe. 
O clima na fronteira ficou mais tenso quando Maduro declarou 
apoio às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs).
 O conflito armado já se arrasta há meio século e já matou mais 
de 200 mil pessoas.
O comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva Lobo D’almada,
 general Algacir Antônio Polsin, disse ontem, em entrevista à Folha, 
 qualquer tipo de incidente naquela região, mas deixou bem claro 
que o Exército Brasileiro está permanentemente presente, com 
“braço forte”, em defesa da soberania nacional.
A manobra mais recente feita pela 1ª Brigada, lembrou o general,
 ocorreu na região do Tucano, em Bonfim, município a 125
 quilômetros da Capital pela BR-401, região Leste de Roraima,
 na fronteira do Brasil com a Guiana. Polsin explicou que para
não haver qualquer tipo de incidente, o Exército brasileiro avisa
 o país vizinho sobre as manobras nas áreas de fronteiras.
Na fronteira com a Venezuela, o general informou que o Exército
 brasileiro tem preocupação humanitária e sanitária. Sobre possíveis
 crimes naquela região, ele explicou que existem leis complementares
 que amparam as Forças Armadas no combate a crimes transnacionais
 e de meio ambiente. Polsin citou como exemplo a Operação Ágata, 
realizada com êxito nas fronteiras do Brasil.
A 1ª Brigada de Infantaria de Selva tem hoje em suas fileiras mais 
de três mil homens. Os militares atuam em seis pelotões especiais 
de fronteira, fazendo um patrulhamento permanente em toda a 
região. O general adiantou que o Exército vai realizar uma nova
 operação na faixa de fronteira, mas se restringiu a dar detalhes.
 (AJ)
Folha de Boa Vista/UNPP

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