Almirante preso na Lavajato sai de Bangu 8 e vai para quartel da Marinha.
1 de setembro de 2016
Almirante preso na Lavajato sai de Bangu 8
VICE-ALMIRANTE DA MARINHA
OTHON PINHEIRO VAI CUMPRIR PRISÃO PREVENTIVA EM UNIDADE MILITAR
O EX-ELETRONUCLEAR SE APOSENTOU COMO VICE-ALMIRANTE DA MARINHA
Condenado em 3 de agosto a 43 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro,
evasão de divisão e organização criminosa durante as obras da usina nuclear de
Angra 3, o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva foi autorizado
nesta quarta-feira (31) pela Justiça Federal no Rio de Janeiro a se transferir da
penitenciária de Bangu 8, na zona oeste do Rio, para uma prisão militar. Silva se
aposentou como vice-almirante da Marinha e está preso preventivamente desde 6 de julho.
Quando foi preso pela primeira vez, em 2015, Silva ficou em uma cela especial da Base
de Fuzileiros Navais do Rio Meriti, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
À época, o juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, registrou que Othon
foi liberado para usar telefone celular e teve regalias “absolutamente incompatíveis
com a custódia preventiva”. Quando foi preso preventivamente pela segunda vez,
em julho, o ex-presidente da Eletronuclear foi encaminhado para Bangu 8, mas hoje,
por dois votos (dos desembargadores Ivan Athié e Abel Gomes) a um, a 1ª Turma
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) atendeu pedido da
defesa de Silva e autorizou-o a seguir para o Comando da Força de Fuzileiros
da Esquadra. Conforme a decisão, o custodiado fica expressamente proibido de ter
acesso a aparelho de telecomunicação. Os contatos dele com familiares ou advogados
só podem ocorrer pessoalmente e dentro da escala de visitação da unidade de
custódia militar. Ao fundamentar a ordem, Abel Gomes destacou o direito à prisão especial
assegurado pela Constituição.
Na mesma sessão de julgamento, os desembargadores decidiram rejeitar os pedidos
de habeas corpus apresentados por quatro ex-executivos da Eletronuclear presos
preventivamente desde julho, durante a Operação Prypiat, promovido pela Polícia
Federal. O ex-diretor técnico Luiz Antônio de Amorim Soares, o ex-diretor de Planejamento,
Gestão e Meio Ambiente Persio Jordani, o ex-diretor de Administração e Finanças Edno
Negrini e o ex-superintendente de Gerenciamento de Empreendimentos Luiz Manuel Amaral
Messias permanecerão detidos em Bangu. (AE)
DIÁRIO DO PODER/UNPP
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