Temer cria comitê de controle de fronteiras com ministérios, PF, Receita e Abin .
27 de Maio, 2016 - 10:30 ( Brasília )
Ivan Richard
O governo decidiu hoje (25) criar o
Comitê Executivo de Coordenação de Controle de Fronteiras para unificar
as ações de combate aos crimes na fronteira do país, especialmente o
tráfico de drogas e contrabando. O grupo será composto por
representantes dos ministérios da Defesa, Fazenda, Casa Civil, Justiça e
das Relações Exteriores, além da Polícia Federal, Receita Federal,
Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Segurança
Institucional.
“É uma ideia antiga e, por
solicitação dos ministros [José] Serra e [Raul] Jungmann, o presidente
Michel [Temer] resolveu dar foco, luminosidade na ação do Brasil em
várias áreas de fronteiras”, disse o ministro da Casa Civil, Eliseu
Padilha.
De acordo com o ministro das Relações
Exteriores, José Serra, a ideia é promover ações integradas e
permanentes nas regiões de fronteira. “A ideia é ter uma visão comum,
aprofundar o diagnóstico, fazer com que ações tenham caráter permanente e
não episódicos, como outras ações que foram bem-sucedidas mas careceram
de continuidade nessa matéria”, disse.
O comitê, segundo o ministro, também terá
como objetivo ampliar a cooperação bilateral entre os países da região.
“O crime não se dá na linha da fronteira, mas no interior dos
territórios, seja na origem, seja no deslocamento. A ideia é ter um
mecanismo permanente. Uma ação coordenada que vai envolver, no futuro,
uma ação diplomática, que tem existido, mas muito mais intensa”,
explicou.
Segundo Serra, anualmente, o Brasil registra mais de R$ 20 bilhões em perda de arrecadação devido ao contrabando.
Operação Ágata
O ministro da Defesa, Raul
Jungmann, anunciou que as Forças Armadas farão uma nova etapa da
Operação Ágata, de combate a crimes na fronteira, para garantir a
segurança da Rio 2016.
“Vamos iniciar, nos próximos, dias
uma operação que irá envolver 15 mil homens na fronteira, 27 aeronaves,
oito navios e 80 lanchas, ao custo de R$ 9 milhões. Ela vai envolver
todas as nossas fronteiras e visa assegurar a realização tranquila para
os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.”
A ação, segundo o ministro, será baseada na inteligência e ocorrerá de forma “não previsível” e em vários momentos.
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