Planalto discute hipótese de decretar estado de defesa!

13 de abril de 2016


Acreditem! Planalto discute hipótese de decretar 

estado de defesa! Chegou a nossa vez de dizer:

 “Não vai ter golpe!”


Dilma e seus assessores estão perdendo o juízo diante da possibilidade
 de derrota no domingo. Há celerados querendo criar agitação até nos quartéis

Prestes a perder a Presidência 
da República, parece que Dilma 
Rousseff pode também perder 
o juízo. E está com um problema 
grave: cerca-se de assessores que
são piores do que ela própria, 
receita certa para o desastre, 
especialmente quando não se 
é, assim, um Schopenhauer da
 política, e as ideias são mais 
curtas do que o cabelo. 
O Palácio do Planalto — 
Dilma e seu entorno — passou a debater a ideia de decretar, pasmem!, estado de defesa
 contra o que chama “golpe”. A hipótese — que tanto eu como Demétrio Magnoli tratamos
 com ironia —, acreditem!, passou a ser debatida com a seriedade possível pelos
 “companheiros”.
E isso não é um falso alarme! Os feiticeiros estão operando!
É coisa de celerados. Mas atenção! Até esse “estado de defesa” seria um truque. 
Explicarei tudo. Antes, vamos ver em que ele consiste.
A medida, que é executada pelas Forças Armadas, está prevista no Artigo 136 da 
Constituição. Transcrevo trechos:
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o 
Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou 
prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública 
ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional 
ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.”
Contam-se entre as medidas do estado de defesa:
restrições aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
E, ora vejam, podem se realizar prisões por crimes contra o estado, 
respeitadas algumas disposições.
Cumpre lembrar que, decretado o estado de defesa, o presidente
 tem 24 horas para submeter o ato, com a devida justificativa, ao
 Congresso, que deve examiná-lo em até dez dias. Se o decreto for 
recusado, fim de papo. Não há estado de defesa.

Então vamos ver
Hoje, enquanto escrevo, o governo avalia que vai perder a batalha do
 impeachment. Os petistas sabem que não será o Senado a segurar Dilma.
A presidente, seus assessores e o comando do PT querem dar verossimilhança
 à farsa que inventaram, segundo a qual está em curso um golpe no Brasil.
 Para tanto, é preciso fabricar o “fator militar”, que inexiste.
Leia também
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sobre possível decretação de 'Estado de Defesa'
Fator militar
Falemos dele. As Forças Armadas já fizeram saber a quantos interlocutores
 buscaram a sua opinião que se manterão no estrito cumprimento da Constituição. 
Segundo o Artigo 142, elas se destinam “à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
 constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.
Mas, para tanto, é preciso que a lei e a ordem — as da Constituição, não aquelas 
emanadas da vontade ou do chilique do governo de turno — estejam sob ameaça.
 E, obviamente, não é o caso.
Não será obedecida
Se Dilma chamasse hoje os militares para ir às ruas para reprimir brasileiros 
pacíficos, creio que eles não a obedeceriam, não é mesmo? Caso obedecessem, 
seria o Congresso a recusar o decreto. Em qualquer das duas hipóteses, a presidente
 ficaria falando sozinha.
E aí está o busílis. O PT decidiu que não vai apear do poder segundo, vamos dizer, 
a normalidade burocrática para o caso. É preciso criar um ritual traumático que 
caracterize, então, o golpe que nunca existiu. Se, para tanto, for preciso criar 
agitação nos quartéis, por que não?
E notem que essa perspectiva não se dá apenas na possibilidade de Dilma d
ecretar o estado de defesa, mas de, eventualmente, o próprio Temer, na Presidência,
 precisar recorrer a tal instrumento se as esquerdas cumprirem a ameaça: ou não
 estão dizendo por aí que, se Dilma for deposta por impeachment, seu sucessor não 
governa?
O próprio advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, chamou o eventual governo 
Temer de “ilegítimo”. Afrontando a Constituição e a Lei da Improbidade Administrativa 
(8.429), Dilma chama o vice abertamente de golpista, dentro do Palácio do Planalto,
 cercada por seus acólitos.
Os que se alinham com a defesa da Constituição, do estado de direito e da democracia
 têm de repudiar de pronto essas armações.
Os petistas perderam completamente o juízo e agora investem no confronto para criar 
a mímica de um golpe que não existe nem existirá. E isso, sim, é golpismo escancarado.
Chegou a nossa vez de dizer aos petistas: “Não vai ter golpe”.
Veja/UNPP

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