Wagner nomeou marido de Ideli Salvatti, tenente do Exército, para cargo de R$ 30 mil mensais nos EUA.

25 de setembro de 2015

Canetaço: Wagner nomeou marido de Ideli Salvatti, para cargo de R$ 30 mil mensais nos EUA

Marido da ex-ministra Ideli Salvatti ganha 
cargo de US$ 7,4 mil.
Com a alta do dólar, salário de Jeferson da  Silva
 Figueiredo  chega a mais de R$ 30.000 reais mensais

Com a nomeação da ex-ministra da Secretaria de
 Relações Institucionais Ideli Salvatti como assessora
 de Acesso a Direitos e Equidade da Organização dos 
Estados  Americanos (OEA), em Washington, nos Estados 
Unidos,  o governo indicou o marido da petista para o cargo
 de  ajudante da Subsecretaria de Serviços Administrativos
 e de Conferências na Junta Interamericana de Defesa,
 também na capital americana. As nomeações 
provocaram desconforto na própria OEA, no Itamaraty
 e entre militares.
O segundo-tenente músico do Exército, Jeferson da
 Silva Figueiredo, casado com a petista, assume as
 novas funções no dia 1º de outubro. Ele vai exercer
 o cargo por dois anos e terá remuneração de 7.400
 dólares, o que corresopnde a mais de 30.000 reais
 mensais. Figueiredo também recebeu ajuda de custo para sua ida para os Estados Unidos
 de cerca de 10.000 dólares, mais de 40.000 reais.
A nomeação foi feita antes de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ter anunciado o novo 
corte no Orçamento e severas restrições de gastos públicos para enfrentar a crise econômica.
 A portaria de transferência do marido de Ideli foi assinada no dia 5 de agosto pelo ministro 
da Defesa, Jaques Wagner, a pedido da ex-ministra.
Ideli inicialmente procurou o Exército para pedir a designação de Figueiredo. Mas foi avisada 
de que essas nomeações passam por um processo de seleção, em que vários fatores são
 analisados e que a Força não dispunha dessa vaga. Ideli, então, recorreu a Wagner, que 
atendeu seu pedido e assinou a portaria avocando o parágrafo único do artigo 1º do decreto
 2.790 de 1998, que dizia que "ao ministro do Estado Maior das Forças Armadas é delegada
 competência" para baixar atos relativos aos militares que servem naquele órgão (OEA)
 e que, nas Forças, a prerrogativa é dos comandantes.
Um mês depois, esse decreto foi revogado e os comandantes perderam essa prerrogativa,
 sem serem avisados. Diante da repercussão negativa entre os militares, o governo foi
 obrigado a recuar.
Com a nomeação de Figueiredo, o Brasil passará a contar com dezenove militares na Junta
 Interamericana de Defesa: onze oficiais e oito praças. Conforme o Ministério da Defesa,
 trabalham na entidade 57 militares e civis de 23 dos 27 Estados-membros. A Junta
 tem a função de prestar à OEA "serviços de assessoramento técnico, consultivo e 
educativo sobre temas relacionados com assuntos militares e de Defesa".
Figueiredo, de acordo com a pasta, exercerá atribuições em funções administrativas.
 A "missão é do tipo transitória e de natureza militar", conforme portaria de designação.
 A jornada de trabalho é de 32 horas semanais. O ministério afirma que Figueiredo 
"preenche os requisitos necessários para ocupar o cargo".
No início do ano passado, o marido da ex-ministra já tinha sido alvo de comentários.
 Ele foi designado para sua primeira missão internacional pelo então ministro da Defesa
 Celso Amorim para que fosse à Rússia, por duas semanas, integrando uma comissão 
de dez pessoas que foi avaliar o sistema antiaéreo Pantsir-S, que o Exército brasileiro 
estava interessado em comprar. Sua habilitação e formação para a função foram
 questionadas para a missão, mas o marido de Ideli explicou que fora escolhido porque 
fala russo.
Apesar de trabalhar em Washington, Ideli não deverá seguir para Nova York para 
se encontrar com a presidente Dilma, que chegou nesta sexta-feira aos EUA.
(Com Estadão Conteúdo)
VEJA /UNPP

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