Dilma e os generais: "Quem não quiser pedir (desculpas), que não peça!" .
27 de setembro de 2014
Dilma e os generais:
Nesta sexta-feira, 27 generais do× Exército divulgaram carta com críticas à Comissão da Verdade e ao ministro Celso Amorim.
Presidente diz que Estado brasileiro divulgará resposta divulgará resposta
Dilma e o comandante do Exército (Imagem: PR) |
Tânia Monteiro - O Estado de S. Paulo
Colaborou RICARDO DELLA COLETTA
Brasília - A presidente Dilma Rousseff respondeu com irritação ao ser questionada sobre o manifesto assinado por 27 generais de Exército com críticas à Comissão da Verdade e às declarações do ministro da Defesa, Celso Amorim, de que as Forças Armadas aprovaram e praticaram atos que violaram direitos humanos no período militar. No manifesto, os generais, todos integrantes do mais alto posto da Força, disseram que "do Exército de Caxias não virão desculpas". Dilma reagiu declarando que "quem não quiser pedir (desculpas), que não peça". Avisou, no entanto, que haverá um posicionamento do Estado brasileiro porque esta foi uma lei aprovada pelo Congresso.
Apesar de afirmar que não ia comentar o episódio, a presidente× Dilma citou que "acredita piamente na democracia" e que "leis no× Estadodemocrático de direito têm de ser cumpridas". A presidente citou ainda que, quando a Comissão Nacional da× Verdade foi formada, estavam presentes na solenidade todos os ex-presidentes da etapa democrática do× País. "Então, eu me permito não responder sua pergunta. Só dizer que nós vivemos numa democracia e que leis serão sempre cumpridas", desabafou.
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O governo quer evitar, a todo custo, polêmica sobre este tema no meio das eleições presidenciais. Por isso, adiou para o final do ano a conclusão do relatório final pela× Nacional da Verdade. Só que, enquanto isso, os integrantes da comissão estão tentando ouvir militares e visitar quartéis e unidades onde consideram que teriam ocorrido práticas de abuso de direitos humanos. A exigência da comissão de que um pedido de desculpas teria de ser formalizado pelas× Armadas irritou os militares, que repudiaram a ideia e emitiram o manifestado publicado pelo Estado.
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