Brasil terá centro de Assistência e Proteção contra Emergências Químicas .
19 de Agosto, 2014 - 11:10 ( Brasília )
Defesa
Centro de Assistência e Proteção contra Emergências Químicas
O Brasil vai contar com o primeiro Centro
de Assistência e Proteção Contra Emergências Químicas da América Latina
e Caribe. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (18), durante a
solenidade de abertura do I Exercício Regional de Assistência e Proteção
para os Países Membros da Convenção para Proibição de Armas Químicas
(CPAQ), que acontece no Rio de Janeiro até o dia 22 de agosto.
De acordo com o comandante de Pessoal de
Fuzileiros Navais, almirante Alexandre José Barreto de Mattos, o Centro
será subordinado ao Ministério da Defesa e deverá abrigar exercícios,
seminários, workshops e outros cursos práticos.
I Exercício CPAQ
I Exercício CPAQ
Cerca de 70 representantes dos países
membros da CPAQ participam do exercício ao longo desta semana. No início
do evento, o subchefe de Assuntos Internacionais do Ministério da
Defesa, general Décio Luís Shons, ressaltou que o evento da CPAQ está
alinhado com a Política e a Estratégia Nacional de Defesa, além de fazer
parte dos objetivos da pasta e das Forças Armadas.
Ainda segundo o general, o sistema de
defesa nuclear, biológica, química e radiológica faz parte do rol de
atividades das três forças singulares.
“Este seminário também dá seguimento a
duas outras reuniões que ocorreram este ano em Santiago do Chile e
Buenos Aires, na Argentina. Este evento tem um caráter mais prático.
Amanhã haverá uma visita as instalações da Marinha e no dia seguinte no
Centro Tecnológico do Exército, na Restinga da Marambaia”, comentou.
Já Sérgio Antônio Frazão Araújo,
secretário executivo da Autoridade Nacional do Brasil junto à
Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), e coordenador
geral de Bens Sensíveis do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação,
disse que o evento consolida o protagonismo do Brasil em âmbito
regional nessa área.
O secretário falou que o país tem
interesse em parceria com os membros da CPAQ na cooperação técnica, na
implementação de uma legislação específica e na introdução de mecanismos
de controle e no aprimoramento de profissionais. “O Brasil sempre
apoiou iniciativas internacionais e multilaterais para o desarmamento e
não-proliferação de armas de destruição em massa”, disse.
Segundo Frazão, exercícios como o que acontece no Rio de Janeiro nesta semana são primordiais porque partem para a prática na identificação e prevenção de riscos e ameaças provocadas por agentes químicos de guerra.
Segundo Frazão, exercícios como o que acontece no Rio de Janeiro nesta semana são primordiais porque partem para a prática na identificação e prevenção de riscos e ameaças provocadas por agentes químicos de guerra.
O I Exercício da CPAQ inclui atividades
de detecção e descontaminação, bem como a elaboração do planejamento e
preparação para resposta a emergências químicas.
Rio 2016
O representante do Ministério das
Relações Exteriores, conselheiro Joaquim Arnaldo de Paiva Oliveira,
relatou que o Brasil serve de modelo para a eliminação de todas as armas
de destruição em massa e a proibição da fabricação de novas armas
químicas. Segundo ele, o evento é um foro importante para troca de
experiências e subsídios para apoio a grandes eventos, como os Jogos
Olímpicos Rio 2016.
Participam do I Exercício da CPAQ, além
do Brasil, representantes da Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica,
Chile, Cuba, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala,
Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Pero,
São-Cristovão-e-Neves e Uruguai.
Na terça-feira (19) e quarta-feira (20),
respectivamente, os participantes conhecerão as instalações do Centro
Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais (CTeeCFN), no Complexo Naval
Caxias-Meriti, e do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), em Guaratiba.
OPAQ
A Organização para a Proibição de Armas
Químicas (OPAQ) é uma organização internacional criada em 1997. Sua
convenção, a CPAQ, recebeu em 2013 o prêmio Nobel da Paz.
A finalidade da CPAQ é trabalhar, entre
outras atribuições, em prol da destruição de armas químicas e não
proliferação de armas de destruição em massa.
Olha a DQBN em ação de novo!!!!
ResponderExcluirÉ muito importante para o Brasil, já que quer fazer parte do Conselho de Segurança da ONU, ter nas suas FFAA pessoas preparadas para esse tipo de combate.
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