MAR DE LAMA .

terça-feira, 15 de abril de 2014



Ontem, o jornal O Dia do Rio de Janeiro, publicou uma extensa reportagem sobre denúncia que o MPF está apurando contra o Comandante da Marinha, Júlio Soares de Moura Neto (foto), por improbidade administrativa.
Num inquérito civil público aberto há um ano e que estava guardado a sete chaves, o comandante da Marinha do Brasil, almirante Julio Soares de Moura Neto, é alvo de investigação da Procuradoria da República no Distrito Federal por improbidade administrativa. O Ministério Público Federal apura três denúncias feitas por um advogado, cujo nome está sendo mantido em sigilo. A principal delas, segundo o documento, é a aquisição de imóvel de luxo na Avenida Atlântica, no Leme, “que seria incompatível com sua renda e que estaria vinculada, de forma ilícita, à compra de submarinos franceses pelo Brasil”.
Na quinta-feira, o inquérito foi redistribuído e agora está nas mãos do procurador da República Anselmo Henrique Lopes, do Núcleo de Combate à Corrupção. O prazo de apuração se expira no próximo mês, mas pode ser prorrogado até maio do ano que vem.
As viagens para o exterior feitas pelo comandante da Marinha, ‘em tese, desnecessárias e em número excessivo’ —, também serão apuradas. Só em 2012 foram 64 dias fora do país. A última investigação é sobre a nomeação de um capitão-de-mar-e-guerra, que seria primo de sua mulher, para servir na Organização Marítima Internacional (IMO), sediada em Londres. Esse mesmo oficial deixou de ser promovido algumas vezes porque a Comissão de Promoção de Oficiais (CPO) o considerara inabilitado para comandar navios ou organizações militares, segundo fontes da Marinha.
Leia mais aqui.
Deu no Painel da Folha, hoje:
Ostentação... A Marinha abriu licitação para comprar itens de alimentação por valores que chegam ao dobro do praticado pelo mercado. A lista somava R$ 234 milhões e incluía 907 garrafas de uísque 12 anos, 4.193 quilos de filé de salmão e uma tonelada de queijo camembert.
... naval Constavam ainda 131.200 latas de cerveja de 350 ml ("similar a Brahma/Skol"), por R$ 3,83 cada (custam cerca de R$ 2 no varejo), e 88.750 sacos de arroz de 5 kg por R$ 20,20 cada, enquanto o preço em supermercados varia de R$ 11 a R$ 15.
Versão 1.1 Contatada pela coluna na sexta-feira, a Marinha deu duas explicações para licitação. Primeiro, informou em nota que foi feita pesquisa de preços com oito empresas e que o edital foi submetido à análise da Consultoria Jurídica da União.
Versão 1.2 Como os licitantes são obrigados a manter os valores por 12 meses, disse a Força, eles não poderiam ser promocionais. A nota dizia que a compra previa abastecer 12 instalações e que parte dos itens poderia ser utilizada em formaturas.
Versão 2 Depois de uma hora, a Marinha emitiu nova nota anunciando a suspensão da compra e a abertura de sindicância para apurar se houve excessos no orçamento e nas quantidades.
Em 2012, o comandante da Marinha recebeu R$ 70.663,60 em diárias, uma média de R$ 194 por dia.
Fonte: jornal O Dia do Rio de Janeiro de
13 de abril de 2014

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