Caseiro confessa participação na morte do coronel Paulo Malhães.
- Atualizada às
Rogério foi preso após prestar depoimento na especializada. Outros dois homens foram identificados e estão foragidos
Rio - Policiais da Divisão de Homicídios da
Baixada Fluminense (DHBF) prenderam, nesta terça-feira, Rogério Pires, o
caseiro do sítio do coronel reformado do Exército Paulo Malhães.
Rogério foi preso logo após prestar depoimento na especializada e
confessar participação no crime, ocorrido na última quinta-feira no
sítio do coronel, em Nova Iguaçu.
Contra ele foi cumprido mandado de prisão temporária, expedido pelo plantão judiciário, pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte). A polícia também já identificou outros dois participantes do crime. Ele estão foragidos.
Notícia da morte do coronel Paulo Malhães saiu primeiro em site de militar
Entre as primeiras pessoas que souberam da morte do coronel reformado do Exército Paulo Malhães na sexta-feira está o também coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do DOI-Codi de São Paulo (1970-1974). O DIA descobriu no Twitter do site de Ustra “A Verdade Sufocada” uma postagem sobre o assassinato de Malhães às 13h08 — 31 minutos antes da primeira notícia em página de empresa jornalística, às 13h39. O site “A Verdade Sufocada” tem o mesmo nome do livro escrito por Ustra, com sua versão sobre a repressão.
Procurado para falar sobre o caso do coronel Paulo Malhães, Brilhante Ustra não retornou até o fechamento da edição.
MPF apreende documentos e computadores
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e a Polícia Federal cumpriram ontem mandado de busca e apreensão na casa do coronel reformado Paulo Malhães, em Marapicu, em Nova Iguaçu.
Durante as buscas foram apreendidas três computadores, mídias digitais, agendas e documentos do período da ditadura, inclusive relatórios de missões das quais Malhães participou.
Em dezembro de 2013 e março de 2014, o MPF tentou, inclusive, intimá-lo a depôr, mas o militar recusou-se a receber a intimação. A recusa foi antes de ele ser ouvido pela Comissão Nacional da Verdade (CNV).
Em março, antes do depoimento à CNV, Malhães admitiu ao DIA que participara de torturas e mortes durante a ditadura e que integrara uma missão em 1973 para desenterrar e ocultar a ossada do ex-deputado federal Rubens Paiva, desaparecido dois anos antes.
Contra ele foi cumprido mandado de prisão temporária, expedido pelo plantão judiciário, pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte). A polícia também já identificou outros dois participantes do crime. Ele estão foragidos.
Notícia da morte do coronel Paulo Malhães saiu primeiro em site de militar
Entre as primeiras pessoas que souberam da morte do coronel reformado do Exército Paulo Malhães na sexta-feira está o também coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do DOI-Codi de São Paulo (1970-1974). O DIA descobriu no Twitter do site de Ustra “A Verdade Sufocada” uma postagem sobre o assassinato de Malhães às 13h08 — 31 minutos antes da primeira notícia em página de empresa jornalística, às 13h39. O site “A Verdade Sufocada” tem o mesmo nome do livro escrito por Ustra, com sua versão sobre a repressão.
A postagem no Twitter traz um link
para a matéria no site do militar. A notícia diz que Malhães foi morto
com quatro tiros. Há também uma referência ao assassinato do coronel
Júlio Molinas Dias em 2012, e que ele guardava em casa documentos do
caso Rubens Paiva.
A polícia informou na sexta-feira que
o corpo de Malhães tinha sinais de asfixia. A viúva, Cristina, contou
que os bandidos cortaram o telefone da casa. O coronel Ustra mora em
Brasília.
O coordenador da Comissão Nacional da
Verdade, Pedro Dallari, considerou a informação importante para as
investigações. “Esse levantamento vai ser importante. Acredito que vão
ter que ouvir pessoas em função disso. É uma informação relevante”,
afirmou Dallari, que ressaltou que todas as hipóteses devem ser
investigadas.
O assessor da Comissão da Verdade de
São Paulo Ivan Seixas disse que o site é uma referência entre os
militares. “É a mais importante referência dos torturadores. É altamente
suspeito ter essa notícia antes mesmo da própria imprensa. Isso chama a
atenção e acho que devíamos exigir que a PF entre no caso”, observou
Seixas.
Durante entrevista ao DIA
em março deste ano, Malhães contou que ele e Ustra tinham trabalhado
juntos em algumas operações. Ustra também prestou depoimento à Comissão
da Verdade, em maio de 2013. Na ocasião, negou sua participação em
torturas e assassinatos.Procurado para falar sobre o caso do coronel Paulo Malhães, Brilhante Ustra não retornou até o fechamento da edição.
MPF apreende documentos e computadores
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e a Polícia Federal cumpriram ontem mandado de busca e apreensão na casa do coronel reformado Paulo Malhães, em Marapicu, em Nova Iguaçu.
Durante as buscas foram apreendidas três computadores, mídias digitais, agendas e documentos do período da ditadura, inclusive relatórios de missões das quais Malhães participou.
O mandado, feito no sábado por
procuradores da República do grupo de trabalho Justiça de Transição, foi
concedido pelo juiz federal Anderson Santos da Silva. Segundo o MPF, o
objetivo era apreender documentos e possíveis provas que possam
contribuir para a elucidação de crimes cometidos por servidores públicos
durante a ditadura militar.
Paulo Malhães foi agente do Centro de
Informações do Exército na década de 1970. Os procuradores já
investigavam o militar devido aos relatos em que confessou ter torturado
e assassinado presos políticos.Em dezembro de 2013 e março de 2014, o MPF tentou, inclusive, intimá-lo a depôr, mas o militar recusou-se a receber a intimação. A recusa foi antes de ele ser ouvido pela Comissão Nacional da Verdade (CNV).
Em março, antes do depoimento à CNV, Malhães admitiu ao DIA que participara de torturas e mortes durante a ditadura e que integrara uma missão em 1973 para desenterrar e ocultar a ossada do ex-deputado federal Rubens Paiva, desaparecido dois anos antes.
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