Amorim profere palestra na ESG
24 de Outubro, 2013 - 09:56 ( Brasília )
Defesa
“Defesa e Desenvolvimento no governo Dilma Rousseff” - Amorim profere palestra na ESG
Amorim profere palestra para estagiários do curso de Política Estratégica da ESG
Foto: Paulo Henrique
Com o tema “Defesa e Desenvolvimento no
governo Dilma Rousseff”, o ministro da Defesa, Celso Amorim, proferiu,
nesta quarta-feira (23), palestra de encerramento do Curso Superior de
Política Estratégica (CSUPE). Essa é a terceira edição do curso,
realizado pelo Campus Brasília, da Escola Superior de Guerra (ESG). O
CSUPE está formando 40 civis e 10 militares, de 31 órgãos e instituições
da Administração Federal e do governo do Distrito Federal.
Em seu discurso, o ministro ressaltou que
a realização anual do CSUPE contribui para a formação de civis
especializados na área, diretriz prioritária da Estratégia Nacional de
Defesa (END).
Amorim também destacou que, no Brasil, a
última década foi marcada por uma vertiginosa trajetória de progresso
interno e por projeção externa. “Em 10 anos, dezenas de milhões de
pessoas saíram da pobreza e entraram na classe média. Milhões de
brasileiros passaram a ter acesso a bens materiais e culturais, e cada
vez mais, passam a desfrutá-los, por meio de bens sucedidas políticas
que se tornaram referência no mundo.”
O ministro disse ainda que as políticas
de governo favorecem uma América Latina pacífica e integrada, e
parcerias com países emergentes como os integrantes do grupo BRICS
(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). “Assumimos com gestos
concretos nossa vocação de um país provedor de paz e capaz de contribuir
para um mundo mais estável e solidário,” disse.
Para Amorim, o país atua no sentido de
alterar a correlação de forças nos processos de negociações comerciais.
Segundo ele, esse momento histórico impõe responsabilidades de grande
magnitude e uma das principais delas é da defesa nacional. “O país não
pode destacar a hipótese de seus interesses estratégicos sejam
antagonizados”.
De acordo com o ministro, um país em
desenvolvimento como o Brasil, e com crescente projeção no mundo, tem
que se fazer respeitar, e isso implica em concentrar a adequada
capacidade de dissuasão, que desencorajem ações hostis à nossa soberania
e aos nossos interesses.
Ele lembrou ainda que o país possui um
imenso patrimônio de recursos naturais, hídricos, energéticos,
tecnológicos e de produção de alimentos. “E o crescimento da demanda
global por esses recursos nas próximas duas décadas nos impõe prudência.
Esses ativos naturais e tecnológicos serão cada vez mais fundamentais
para o nosso desenvolvimento”, destacou o ministro.
Outros assuntos foram destaques da
mensagem do ministro Amorim aos 50 estagiários do CSUPE. Ele salientou
os acordos de cooperação que estão sendo desenvolvidos nas áreas de
ensino, como a criação da Escola de Defesa Sul-Americana, da União das
Nações Sul-Americanas (Unasul); a realização do primeiro seminário da
Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (Zopacas); as missões de paz
do Brasil no Haiti e no Líbano, além dos esforços do Conselho de Defesa
Sul-Americano da Unasul (CDS) para a construção de uma concepção de
defesa comum e pluralista.
Os estagiários que estão se formando esta
semana são altos funcionários da Administração Federal. Durante dois
meses os alunos tiveram a oportunidade de conhecer as políticas e as
estratégias nacionais de defesa como os programas nuclear e espacial
brasileiro. Além de aulas teóricas, os estagiários visitaram o
Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José
dos Campos (SP), e o 5º Pelotão Especial de Fronteira (PEF), em Maturacá
(AM).
Indústria de defesa
Amorim disse que o governo compreende que
defesa e desenvolvimento são objetivos complementares. “O reforço em
nossa indústria de defesa contribui para a proteção do nosso modelo de
desenvolvimento”.
O ministro recordou as palavras da
presidenta Dilma, por ocasião da inauguração da unidade de fabricação de
estruturas metálicas submarinas (UFEM), em Itaguaí (RJ), “a indústria
de defesa é acima de tudo, uma indústria de conhecimento”.
Ele frisou que a reorganização da
indústria nacional de defesa, com a regulamentação recente do Regime
Especial Tributário para a Indústria de Defesa (Retid), estabelece
mecanismos de fomento à Base Industrial de Defesa (BID). “É um passo
decisivo para assegurar a continuidade da capacidade produtiva da base
industrial de defesa”, concluiu.
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