MEC pretende implantar no país 108 escolas cívico-militares até 2023
País
11/07 às
11h38
108 escolas cívico-militares até 2023
108 escolas cívico-militares até 2023
Medida está prevista no Compromisso Nacional pela Educação Básica
O Ministério da
Educação (MEC) pretende implementar 108 escolas cívico-militares até 2023. Essa
é uma das ações previstas no Compromisso Nacional pela Educação Básica,
documento apresentado nesta quinta-feira (11), em Brasília. Ele reúne
ações que estão sendo planejadas para serem implementadas até o fim do atual
governo.
Além das escolas
militares, pretende-se dar celeridade à conclusão de mais de 4 mil creches até
2022; conectar 6,5 mil escolas rurais por meio de satélite em banda larga em
todos os estados; e ofertar cursos de ensino a distância para melhorar a
formação de professores, até 2020, entre outras ações.
O documento foi
elaborado pelo MEC em conjunto com estados e municípios representados pelo Conselho
Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação (Undime). As ações são voltadas para a educação básica,
período que compreende desde o ensino infantil até o ensino médio.
O plano de ação,
segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, visa dar mais protagonismo
aos estados e municípios, seguindo o mote defendido pelo governo de menos
Brasília e mais Brasil. “As ideias já existiam, precisava transformar a energia
potencial em energia cinética”, disse. Segundo ele, o Brasil tem boas
iniciativas e recursos que podem ser direcionados para melhorar a educação do
país.
A intenção, de
acordo com o MEC, é tornar o Brasil referência em educação na América Latina
até 2030. “Nós, como brasileiros, em essência, somos tão bons quanto qualquer
país no mundo”, disse o ministro.
Escolas cívico-militares
Um dos destaques do Compromisso Nacional pela Educação Básica é a implementação de escolas cívico-militares, pauta defendida desde a campanha do presidente Jair Bolsonaro.
Um dos destaques do Compromisso Nacional pela Educação Básica é a implementação de escolas cívico-militares, pauta defendida desde a campanha do presidente Jair Bolsonaro.
Neste ano, o MEC
passou a contar inclusive com uma Subsecretaria de Fomento às Escolas
Cívico-Militares. A intenção é, de acordo com o plano apresentado nesta
quinta-feira, implementar o modelo em 27 escolas, por ano, uma por unidade da
federação. A medida, segundo o MEC, deve atender a 108 mil alunos.
Além das 27 novas
escolas por ano, o MEC pretende fortalecer 28 escolas cívico-militares por ano,
em conjunto com os demais entes federados, totalizando 112 escolas até 2023,
atendendo a aproximadamente 112 mil estudantes.
As escolas
cívico-militares são instituições não militarizadas, mas com uma equipe de
militares da reserva no papel de tutores. A meta é aumentar a média do Índice
de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Segundo o MEC, enquanto a média
do Ideb em colégios militares é 6,99, nos civis é 4,94.
“Os pressupostos é
que [a instalação das escolas] se dê em locais carentes, como foi o ensino
médio em tempo integral. Se não se coloca em locais que sejam carentes, estará
aumentando ainda mais a diferença de conhecimento dessa população”, afirmou o
secretário de Educação Básica do MEC, Jânio Carlos Endo Macedo. Ao todo, o
governo pretende investir R$ 40 milhões por ano.
Principais metas do Compromisso Nacional pela Educação Básica
Creches - Reestruturar o Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (ProInfância) para dar celeridade à conclusão de mais de 4 mil creches até 2022.
Creches - Reestruturar o Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (ProInfância) para dar celeridade à conclusão de mais de 4 mil creches até 2022.
Ensino integral -
Revitalizar o programa Novo Mais Educação. As escolas que aderirem terão o
mínimo de 5 horas de aula por dia. No integral, a ideia é ampliar para 7 horas
por dia. A meta é diminuir a evasão e melhorar indicadores educacionais.
Ensino Médio -
Estimular o Novo Ensino Médio, aprovado em lei em 2017. Investir R$ 230 milhões
até o final de 2019 no ensino médio em tempo integral. Está previsto para 2020
um programa piloto em 3,5 mil instituições de ensino. No novo ensino médio, os
estudantes poderão escolher um itinerário formativo para complementar a
formação básica ofertada a todos os estudantes. Eles poderão escolher entre a
formação em linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas e
sociais, além da formação técnica e profissional.
Internet -
Conectar, por meio do programa Inovação Educação Conectada, 6,5 mil escolas
rurais por meio de satélite em banda larga em todos os estados. Serão
investidos R$ 120 milhões até o fim de 2019. Aproximadamente 1,7 milhão de
estudantes serão beneficiados. O MEC irá repassar ainda R$ 114 milhões para
fomentar a internet em 32 mil colégios urbanos. A intenção é beneficiar 17
milhões de alunos.
Aulas interativas -
A Universidade Federal do Ceará, a Universidade Federal de Goiás e a
Universidade Federal de Santa Catarina desenvolverão games voltados para os
anos iniciais do ensino fundamental, ou seja, do 1º ao 5º ano. Serão investidos
R$ 3 milhões até o final de 2019;
EJA - A educação de
jovens e adultos será articulada à educação profissional e tecnológica, além de
ser conectada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que estabelece
o mínimo que deve ser ensinado em todas as escolas do Brasil.
Formação de professores
- Até 2020, estabelecer trilhas de formação para professores por meio de cursos
a distância, com disponibilização de materiais de apoio e de recursos. A
proposta é que professores que não são formados nas áreas que atuem possam
receber a formação, além de qualificar melhor todos os demais profissionais.
Escolas
cívico-militares - Implementar, até 2023, 108 escolas cívico-militares, 27 por
ano, em cada uma das unidades da federação.
Agência Brasil/UNPP
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