General critica falta de recursos para operações na fronteira.
12 de abril de 2016
General critica falta de recursos
Comandante Militar da Amazônia fez desabafo durante coletiva em Cruzeiro.
Justiça rebate e diz que adotou ações para melhorar unidades da PF e PRF.
Do G1 AC
Cruzeiro do Sul (AC) - Em tom de desabafo, o comandante militar da Amazônia,
general Guilherme Theóphilo, fez críticas ao governo federal e ao Ministério da Justiça,
alegando falta de estrutura e recurso para realizar operações nas fronteiras.
O desabafo ocorreu durante uma coletiva nesta quinta-feira (7) sobre a 'Operação Traíra',
no 61º Batalhão de Infantaria de Selva (61º BIS), em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre.
Ao G1, o Ministério da Justiça rebateu alegando que o governo federal já adotou diversas
ações para melhorar as condições das unidades da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária
Federal nas regiões de fronteira em todo o Brasil. A Justiça informou ainda que a Polícia
Federal realiza em média cerca de 40 operações especiais por ano.
"Essas unidades têm prioridade na utilização dos recursos, seja para reforma ou
ampliação das instalações, seja para a construção de novos prédios e moradias para
policiais em locais de difícil lotação. O Ministério da Justiça, através da PF e PRF,
tem também priorizado a lotação dos novos policiais nas regiões de fronteira".
Durante seu pronunciamento sobre a operação, realizada nas regiões de fronteira
com Bolívia, Peru e Colômbia, em Rondônia (RO) e também no Acre (AC),
o comandante fez críticas sobre a forma como o governo federal "olha" para a Amazônia.
"Não consegui que o governo federal olhasse para a nossa Amazônia com outros olhos.
Falta estrutura e recurso, não só para as Forças Armadas, mas também para as polícias
e Corpo de Bombeiros. O desejo é que os órgãos de segurança, juntamente com o
Ministério da Justiça sejam mais efetivos e eficazes no combate aos crimes
transfronteiriços", destacou Theóphilo.
Operação Traíra
O Exército Brasileiro deu início, na segunda-feira (4), à Operação Traíra, que tem
como objetivo combater os crimes nas regiões de fronteira com Bolívia, Peru e
Colômbia, em Rondônia (RO) e também no Acre (AC).
De acordo com o Exército, aproximadamente dois mil militares estão participando
da ação, que também conta com o apoio das Polícias Federal e Militar, Fundação
Nacional do Índio (Funai) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A operação está sendo coordenada pelo Comando Militar da Amazônia (CMA),
com participação efetiva do 61º Batalhão de Infantaria de Selva (61º BIS), de
Cruzeiro do Sul (AC); 4º BIS, de Rio Branco; e 17ª Brigada de Porto Velho. Militares
bolivianos e peruanos também foram convidados e estão atuando como observadores
nas regiões fronteiriças.
G1/UNPP
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