Para pressionar o Exército, moradores marcam protesto contra o bondinho no Leme .


Ato está marcado para às 10h do próximo domingo (14), em frente ao forte Duque de Caxias

Neste domingo (14), às 10h, os moradores do bairro do Leme vão fazer uma manifestação contrária à construção da terceira linha do teleférico, que ligaria o morro da Urca ao morro do Leme. Na última semana, o Exército Brasileiro se posicionou de maneira neutra em relação à construção do bondinho, o que gerou a indignação dos moradores do local, que pretendem sensibilizar as Forças Armadas com a manifestação de domingo.
Segundo uma das líderes do movimento “Salvem o Leme”, Patrícia Rocha, os integrantes esperam conseguir pressionar o Exército a tomar uma posição.
“Recebemos um ofício das Forças Armadas nos mostrando serem neutros em relação à construção do teleférico. Devido a isso, vamos nos manifestar para pressionar o Exército a se posicionar, afinal é um assunto que atinge diretamente os interesses deles, por se tratar de um forte, e faz parte da história do Exército”, comentou Patrícia.
Em parceria com os moradores do bairro do Leme e das adjacências que também estão na causa, como os moradores de Botafogo, da Urca, da Lauro Muller e a Federação dasAssociações de Moradores (FAM-Rio), está o vereador Paulo Messina (SDD). O vereador é o autor do projeto de lei 41/2013 que pretende impedir a instalação do teleférico. A PL é baseada no parecer do Conselho Gestor das Áreas de Proteção Ambiental foi claro em relação ao impacto que a instalação trará sobre o ecossistema do local.
Relembre o caso
Em conversa com o Jornal do Brasil, o vereador explicou os fatos usados para a criação do projeto de lei.
Moradores do bairro são contrários à instalação da terceira linha do teleférico
Moradores do bairro são contrários à instalação da terceira linha do teleférico
"Trata-se de área de preservação ambiental, e a obra pode acarretar derramamento de graxa da lubrificação dos cabos e despejo de esgoto na baía, como já acontece no Pão de Açúcar, sem contar a poluição visual e sonora prováveis. Em seu parecer, o Conselho Gestor das APAs foi claro a respeito do impacto ambiental causado pela construção de estações de teleférico no topo do Morro do Leme sobre o ecossistema das áreas abrangidas pelo Projeto de Reflorestamento e Conservação Ambiental, que vem sendo desenvolvido no local desde 1987”, explica Messina.
Além dos danos ecológicos, os moradores reclamam dos transtornos que a instalação do bondinho causaria no bairro. A expectativa é que caso o projeto seja instalado, cerca de sete mil pessoas passariam diariamente pelas ruas do bairro, e traria reflexos diretos na segurança, no trânsito e no barulho do local.
Segundo o líder comunitário Sebastián Rojas Archer, o projeto de instalação da terceira linha do teleférico no bairro do Leme deixaria o acesso ao bairro da Zona Sul carioca muito complicado.
“O projeto é do início do século XX, e naquele tempo a cidade não tinha a quantidade de moradores e muito menos a relevância turística que tem hoje. O bairro já é pequeno para os moradores e não tem condições de comportar mais turistas. Além disso, a área ambiental deve ser preservada” comentou o morador.
A assessoria da Companhia Caminha Aéreo Pão de Açúcar entrou em contato com JB, e segundo ela, o projeto não irá alterar o estilo de vida dos moradores do Leme pois não haverá descida do morro para o bairro.
Segue a nota da Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar na íntegra:
“Em relação à manifestação contra a instalação da Terceira Linha do Bondinho Pão de Açúcar, que será realizada no dia 14 de dezembro, a Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar, empresa que administra o teleférico, esclarece que a nova linha se limita a fazer a ligação entre o Morro da Urca e o Morro do Leme (Forte Duque de Caxias) não havendo descida por teleférico para o Bairro do Leme e nem venda de tickets no Forte”.
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