Polícia Civil apreende armas de militares que participaram de confronto na Maré .

14/04/14 06:00

Polícia Civil apreende armas de militares que participaram de confronto na Maré no qual jovem foi morto

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A Polícia Civil apreendeu, no sábado, as armas de dois fuzileiros navais da Força de Pacificação que admitiram ter atirado durante tiroteio no Complexo da Maré no qual Jeferson Rodrigues da Silva, de 18 anos, foi morto. Os fuzis poderão passar por perícia para que seja feito confronto balístico, e assim saber se o disparo partiu do armamento dos militares. O jovem, de acordo com informações da 21ª DP (Bonsucesso), não tinha passagens pela polícia.
A Força de Pacificação afirma que a vítima morreu durante confronto com militares, após ter atirado na direção dos agentes. Com ele, teria sido encontrado um radiocomunicador e três cartuchos de pistola. Já moradores da Maré alegam que Jeferson não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. O corpo do jovem será enterrado hoje, no Cemitério do Caju, na Zona Norte. neste domingo, familiares dele estiveram no IML para reconhecer o corpo.
No sábado, foram ouvidos na 21ª DP os quatro fuzileiros navais envolvidos no confronto e testemunhas, entre elas dois PMs. De acordo com a polícia, eles se envolveram numa ocorrência, no próprio sábado, com um grupo de jovens, entre eles Jeferson, que teriam atacado a polícia com pedras.
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, afirmou neste domingo que a ocupação da Maré não está sendo a mais difícil operação até agora. Ele garante que o efetivo usado é suficiente, mas não descartou aumentar a quantidade de homens.
- Todas são difíceis, quando nós entramos no Alemão a dificuldade do Exército brasileiro foi a mesma - afirmou.
Sobre a morte de Jeferson, ele garantiu que o caso será investigado.
- A delegacia está levantando o que ocorreu. A gente está entrando lá com o Exército e entrando com nossas forças militares para levar a paz. Claro que não interessa a morte de ninguém, mas o Exército fala que foi atacado e eles reagiram. Temos que tomar muito cuidado, porque a gente sabe que existe a presença forte do tráfico ali dentro. Foram mais de 30 anos de abandono - ponderou Pezão.

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